Sobe para 52 o número de casas atingidas por inundação em Lagolândia

O Corpo de Bombeiros continua listando a quantidade de casas atingidas pela inundação em Lagolândia, distrito de Pirenópolis, e na região do Povoado de Capela. Na manhã desta terça-feira (30), o levantamento identificou 52 casas atingidas pela água no distrito. Até segunda-feira (29), eram pouco mais de 30 casas listadas. No Povoado de Capela, até o momento, são cinco residências atingidas. O levantamento ainda não terminou. Não há registros de vítimas ou desaparecidos.

Após forte chuva na cabeceira, o Rio do Peixe transbordou, no último domingo (28), levando água e lama para a região. De acordo com o Segundo Tenente Rodrigues, primeiro oficial a chegar no local no dia da inundação, o nível do rio voltou ao normal horas depois. “A ocorrência aconteceu por volta de meio-dia. Às 16h, já não tinha mais água dentro da cidade”, explica o militar.

Desde domingo, depois que baixaram, as águas se mantiveram estáveis. Houve elevação de 30 centímetros, mas, segundo os Bombeiros, esta é uma variação normal do rio e não representa risco de novo transbordamento. Também não houve chuva expressiva na região desde domingo.

Retirada da lama

 

Imagem: Enel Goiás

Hoje, o trabalho do 17º Batalhão do Corpo de Bombeiros de Pirenópolis, em parceria com a prefeitura, é o de limpar as ruas. Além disso, fazem o cadastramento dos moradores que tiveram casas atingidas. Algumas ficaram totalmente submersas pela água no dia da inundação.

Dessa forma, ainda não há previsão para encerramento do trabalho dos Bombeiros. “A gente já progrediu bastante, mas ainda há muito o que fazer”, explica o Segundo Tenente Rodrigues.

Energia religada em Lagolândia

Imagem: Enel Goiás

O segundo tenente conta que a o fornecimento de energia e água voltaram na parte da região onde a lama não chegou. Em nota, a Enel confirmou que substituiu seis postes danificados e reconstruiu trechos de redes danificadas. A empresa disse ainda que concluiu a recuperação da rede elétrica na noite de segunda-feira.

População de Lagolândia e Povoado de Capela

A princípio, a prefeitura de Pirenópolis montou ponto de apoio em uma escola de Lagolândia para oferecer alimentos, roupas e colchões. Apesar disso, segundo a prefeitura, as famílias que perderam as casas ficaram com outros moradores. A comunidade, que é pequena, se uniu para abrigar os que precisam no momento.

Além disso, a prefeitura de Pirenópolis informou que a reconstrução das casas atingidas deve começar logo após a limpeza da cidade. Ainda será definida a forma como esta reconstrução deve ser feita.

Doações 

A sede do Corpo de Bombeiros de Pirenópolis recebe doações. É possível doar roupas, água mineral, alimentos não perecíveis, colchões, roupas de cama e itens de higiene pessoal. O 17º Batalhão Bombeiro Militar fica na Travessa Sérgio Mota, sem número, Vila Matutina, Pirenópolis.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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