Starbucks cancela abertura em Goiânia após pedir recuperação judicial

Starbucks cancela abertura em Goiânia após pedir recuperação judicial

A SouthRock Capital, operadora dos restaurantes das marcas Starbucks e Subway no Brasil, suspendeu a abertura de uma unidade da forma cafeteria em Goiânia. A decisão partiu após a empresa anunciar o pedido de recuperação judicial ao mercado por “desafios econômicos no Brasil”.

O contrato foi rescindido com o Flamboyant Shopping, onde a primeira loja da marca no Estado seria instalada. A cafeteria ocuparia uma área de 400 metros quadrados e ficaria no piso térreo, onde toda a estrutura já estava sendo montada.

“A vinda da Starbucks para o Flamboyant Shopping, como a primeira da cidade, era aguardada com grande expectativa e entusiasmo, tanto pelo mercado consumidor, quanto pelo empreendimento. A controladora da marca no Brasil já comunicou a rescisão unilateral do contrato”, informou a empresa através de nota.

Recuperação judicial

No dia 31 de outubro, a SouthRock Capital entrou com um pedido de recuperação judicial na 1ª Vara de Falências da Justiça de São Paulo. Posteriormente, a Starbucks Coffee International Inc. solicitou o encerramento das atividades da empresa no Brasil pela SouthRock, com quem trabalhavam desde 2018.

De acordo com o comunicado oficial, após a pandemia de Covid-19, a empresa formou “problemas de inflação com permanência de taxas de juros elevadas” que afetaram o funcionamento do Brasil e chegaram a dívidas que giram em torno de R$ 1,8 bilhão.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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