O Supremo Tribunal Federal (STF) analisa pedidos da defesa de Jair Bolsonaro para afastar os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin do julgamento da denúncia sobre a trama golpista. A defesa argumenta que Dino não seria apto a julgar, pois apresentou uma queixa-crime contra Bolsonaro em 2021. Também alega que Zanin, antes de ser nomeado ao STF, atuou como advogado de Lula e moveu ações contra a chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022.
Apesar dos pedidos de impedimento, a maioria dos ministros decidiu manter Dino e Zanin no julgamento. O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, rejeitou tais pedidos, afirmando que não havia fato novo que impedisse a participação dos ministros. A sessão plenária virtual, iniciada nesta quarta-feira, 19, permitiu que os ministros votassem eletronicamente até 20 de março.
Implicações da denúncia
A denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Bolsonaro e outros 33 indivíduos de crimes graves, incluindo organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito. O julgamento ocorrerá pela Primeira Turma do STF, que inclui os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.
Os advogados de Bolsonaro levantaram questões sobre a imparcialidade de Alexandre de Moraes. Contudo, a maioria dos ministros decidiu mantê-lo no julgamento. A decisão final sobre a denúncia será tomada em 25 de março.