STJ aceita denúncia contra conselheiro do TCE-AM por injúria

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) aceitou a denúncia contra o conselheiro do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), Ari Moutinho Jr., pelo crime de injúria contra a conselheira e presidente do TCE-AM, Yara Lins. A queixa-crime foi recebida pelo ministro relator do caso, Antônio Carlos Ferreira, na última quarta-feira (4). Apesar do aceite, a decisão ainda não foi publicada, de acordo com a defesa de Yara.

O conselheiro é acusado de chamar a colega de “cachorra” e “safada” durante uma sessão da corte de contas, em outubro do ano passado, após Yara ser eleita para presidir o órgão no biênio 2024-2025.

Na mesma decisão, o ministro relator rejeitou a queixa-crime pelos crimes de ameaça e violência política, conforme foi informado pela defesa do réu em nota enviada ao DE.

Na nota, a defesa de Ari Moutinho Jr. esclareceu que o conselheiro rejeitou as ofertas de Acordo de Não Persecução Penal e de Suspensão Condicional do Processo, considerando uma desonra aceitar qualquer acordo, “pois tem ciência de que não cometeu os crimes imputados”.

“Por fim, o conselheiro Ari Moutinho Jr registra que irá demonstrar sua inocência ao longo da ação penal, confiante de que a Justiça será feita, com sua absolvição ao final”.

Yara Lins denunciou o caso no dia 6 de outubro de 2023. Na época, a conselheira convidou jornalistas para um coletiva de imprensa, na Delegacia Geral do Amazonas, onde denunciou o caso à Polícia Civil.

No discurso, a atual presidente do TCE-AM afirmou que sofreu misoginia durante a votação que definiu o retorno dela à presidência do órgão.

“Fui cumprimentar o conselheiro Ari com um “bom dia”, e ele me respondeu, ‘bom dia nada sua safada, cachorra’, e me ameaçou”, disse Yara Lins.

Após a denúncia, Ari Moutinho foi temporariamente afastado do cargo. A decisão, do relator da investigação, conselheiro Júlio Assis Corrêa Pinheiro, determinou o afastamento como medida preventiva para evitar o contato entre os conselheiros envolvidos no caso e prevenir novos conflitos.

No entanto, no dia seguinte, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) anulou a decisão, afirmando que o afastamento do conselheiro não respeitou o prazo necessário para que ele apresentasse a ampla defesa e contraditório.

Dois meses após a denúncia feita por Yara Lins, o TCE-AM decidiu arquivar o processo que investigava o conselheiro Ari Moutinho Jr. A anulação foi publicada no Diário Oficial da corte. Além disso, o presidente do TCE decidiu por não admitir a representação administrativa disciplinar contra o conselheiro.

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Prefeitura de Manaus deve liberar Praia da Ponta Negra após flagrante de banhistas: Entenda.

Após flagrante de banhistas, a Prefeitura de Manaus deve anunciar a liberação da Praia da Ponta Negra. Segundo a prefeitura, a liberação do banho será possível devido à subida das águas do Rio Negro, que ultrapassou a cota de emergência de 16 metros. Com a seca severa, a praia da Ponta Negra, principal balneário de Manaus, estava interditada para banho.

A Prefeitura de Manaus fará o anúncio das ações para a liberação da Praia da Ponta Negra nesta quinta-feira (26). O anúncio vem após o flagrante feito pela Rede Amazônica de banhistas desrespeitando os avisos de interdição para banho, que estão em vigor desde 17 de setembro. A liberação do banho na praia será possível devido ao aumento do nível do Rio Negro, que atingiu 17,09 metros na terça-feira (24), ultrapassando a cota de emergência de 16 metros.

A prefeitura informou, por meio de nota, que o anúncio oficial sobre a liberação do banho na Praia da Ponta Negra será feito às 9h de quinta-feira (26), no anfiteatro do complexo turístico, na Zona Oeste de Manaus. Apesar do anúncio, o local permanece interditado no feriado de Natal, pois na quarta-feira (25) ainda foi possível flagrar banhistas desrespeitando as placas de interdição e vandalizando a cerca que delimita a área interditada.

O monitoramento das condições de banho na praia foi intensificado nos últimos 15 dias pela Prefeitura de Manaus, que solicitou laudos e relatórios do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e do Corpo de Bombeiros. A interdição da Praia da Ponta Negra foi necessária devido à proximidade do fim do aterro perene e ao leito natural do Rio Negro, que pode apresentar alterações no terreno durante os movimentos de cheia e vazante.

Em 2013, a Prefeitura de Manaus assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), resultando na adoção de normas para o uso da praia. De acordo com o TAC, a interdição pode ser aplicada sempre que laudos e relatórios comprovarem que as condições da praia se tornam impróprias para os banhistas, como ocorreu este ano após o Rio Negro atingir 12,11 metros, o menor nível já registrado em mais de 120 anos de medição.

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