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STJ determina afastamento de Wilson Witzel do governo do Rio de Janeiro

Na manhã desta sexta-feira, 28, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), ordenou o afastamento imediato do governador Wilson Witzel, inicialmente por 180 dias. A ação faz parte da Operação Tris in Idem, um desdobramento da Operação Placebo, que investiga atos de corrupção em contratos públicos do governo do Rio de Janeiro. A decisão proíbe, ainda, o acesso de Witzel às dependências do governo do estado e a sua comunicação com funcionários e utilização dos serviços.

A investigação aponta que a organização criminosa instalada no governo estadual a partir da eleição de Witzel se divide em três grupos, para o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos liderados por empresários. Os grupos teriam loteado as principais secretarias para beneficiar essas empresas.

De acordo com o ministro do STJ, Benedito Gonçalves, “o grupo criminoso agiu e continua agindo, desviando e lavando recursos em plena pandemia da covid-19, sacrificando a saúde e mesmo a vida de milhares de pessoas, em total desprezo com o senso mínimo de humanidade e dignidade”. O pastor Everaldo, presidente nacional do Partido Social Cristão (PSC), também foi preso na operação. O pastor foi candidato à Presidência da República em 2014 e ao Senado em 2018.

Participam da operação procuradores do Ministério Público Federal (MPF), policiais federais e auditores da Receita Federal, para cumprir 17 mandados de prisão, sendo seis preventivas e 11 temporárias, e 72 de busca e apreensão em endereços ligados à cúpula do governo fluminense. Além do governador, estão entre os investigados o vice-governador, Cláudio Castro, e o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerg), André Ceciliano.

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