STJ mantém prisão de biomédica após morte de paciente durante procedimento estético em Goiânia

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu manter a prisão preventiva da biomédica Quesia Rodrigues Biangulo Lima, detida em flagrante após a morte de uma paciente durante um procedimento estético em uma clínica localizada no Parque Lozandes, em Goiânia.

A defesa da biomédica argumentou que a prisão foi decretada com base apenas no relato dos policiais sobre o uso de produtos inadequados, sem a realização de perícia técnica. Os advogados sugeriram a adoção de medidas cautelares como alternativa à prisão.

No entanto, o ministro Herman Benjamin ressaltou que a análise do mérito do habeas corpus ainda será realizada pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO). Enquanto isso, a prisão será mantida devido aos indícios de irregularidades e aos potenciais riscos à sociedade.

Detalhes sobre o caso

A paciente, uma mulher de 44 anos, sofreu uma reação alérgica grave após a aplicação de hialuronidase, substância utilizada para dissolver preenchimentos de ácido hialurônico. Ela teve uma parada cardíaca e faleceu durante o procedimento.

Após o incidente, a clínica foi interditada pela Vigilância Sanitária, que identificou irregularidades como produtos vencidos e condições inadequadas de higiene. A biomédica foi presa em flagrante, e sua custódia foi convertida em prisão preventiva pelo TJGO.

Dois inquéritos estão em andamento: um investiga as circunstâncias da morte da paciente, enquanto o outro apura as condições sanitárias e as práticas na clínica. Quesia responde por suspeita de exercício ilegal da medicina e uso de produtos impróprios para consumo.

A data para a análise do mérito do habeas corpus pelo TJGO ainda não foi definida.

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Conheça os deputados cassados junto a Rubens Paiva

O filme “Ainda Estou Aqui” revive a trajetória de Rubens Paiva, deputado federal eleito em 1962 pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Paiva teve seu mandato cassado em 10 de abril de 1964, durante o início da ditadura militar, pelo Ato Institucional Número 1, que autorizava a cassação de mandatos legislativos e a suspensão de direitos políticos. Ele foi banido da política por dez anos, junto a outros 40 parlamentares.

Entre os cassados, 19 pertenciam ao PTB, incluindo figuras como João Doria, pai do ex-governador de São Paulo João Doria Júnior, e Plínio de Arruda Sampaio, que foi candidato à presidência da República em 2010.

Rubens Paiva viveu uma história marcada por resistência e tragédia. Após a cassação, exilou-se na Embaixada da Iugoslávia e, posteriormente, deixou o Brasil rumo à França e à Inglaterra. Retornou ao país em 1965, mas em 1971 foi preso no Rio de Janeiro, desaparecendo desde então. Documentos revelados pela Comissão Nacional da Verdade, em 2013, comprovaram que Paiva foi torturado e morto nas dependências do DOI-Codi, mas seu corpo nunca foi localizado.

Paiva, formado em Engenharia Civil pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, era uma figura influente na política brasileira. Foi vice-líder do PTB na Câmara, presidente da Comissão de Obras e Transportes e membro ativo da CPI que investigava gastos eleitorais em 1962. Ele deixou um legado político e familiar, sendo casado com Eunice Facciolla Paiva e pai de cinco filhos.

A memória de Rubens Paiva e de sua esposa, Eunice, ganhou nova relevância com o filme “Ainda Estou Aqui”, no qual Fernanda Torres, ao interpretar Eunice, se tornou a primeira brasileira a vencer o Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz em Filme de Drama.

Lista dos Deputados cassados junto a Rubens Paiva:

  1. Abelardo Jurema (PSD-PB)
  2. Adahil Cavalcanti (PTB-CE)
  3. Almino Afonso (PTB-AM)
  4. Arthur Lima Cavalcanti (PTB-PE)
  5. Benedito Cerqueira (PTB-GB)
  6. Bocayuva Cunha (PTB-RJ)
  7. Costa Rego (PTB-PE)
  8. Demistóclides Batista (PST – RJ)
  9. Eloy Dutra (PTB-GB)
  10. Fernando de Santanna (PSD-BA)
  11. Ferro Costa (UDN-PA)
  12. Francisco Julião (PSB-PE)
  13. Garcia Filho (PTB-GB)
  14. Gilberto Mestrinho (PTB-RR)
  15. Hélio Ramos (PSD-BA)
  16. Henrique Oest (PSP-AL)
  17. João Doria (PDC-BA)
  18. José Aparecido (UDN-MG)
  19. Lamartine Távora (PTB-PE)
  20. Leonel Brizola (PTB-GB)
  21. Marco Antonio (PST-GB)
  22. Mario Lima (PSB-BA)
  23. Max da Costa Santos (PSB-GB)
  24. Milton Dutra (PTB-RS)
  25. Moysés Lupion (PSD-PR)
  26. Neiva Moreira (PSP-MA)
  27. Océlio de Medeiros (PSD-PA)
  28. Ortiz Borges (PTB-RS)
  29. Paiva Muniz (PTB-RJ)
  30. Paulo Mincarone (PTB-RS)
  31. Paulo de Tarso (PDC-SP)
  32. Pereira Nunes (PSP-RJ)
  33. Plínio de Arruda Sampaio (PDC-SP)
  34. Ramon de Oliveira Neto (PTB-ES)
  35. Rogê Ferreira (PTB-SP)
  36. Roland Corbisier (PTB-GB)
  37. Rubens Paiva (PTB-SP)
  38. Sérgio Magalhães (PTB-GB)
  39. Sylvio Macambira Braga (PSP-PA)
  40. Temperani Pereira (PTB-RS)
  41. Waldemar Alves (PST-PE).

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