STJ permite que ex-integrantes do Legião Urbana usem o nome da banda

Após uma longa disputa pelo direitos da marca Legião Urbana, a Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), concluiu que os ex-integrantes da banda tem o direito de utilizar a marca sem a autorização do titular, a Legião Urbana Produções Artística Ltda. A empresa foi fundada por Giuliano Manfredini, filho de Renato Russo, ex-vocalista do grupo. A decisão foi publicada pelo colunista Lauro Jardim, no jornal O Globo.

A disputa começou em 2013. O filho de Renato Russo, batalhava na Corte pelo direito do uso exclusivo do nome da banda pela empresa a qual ele é dono. Já os integrantes da banda, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, adquiriram o direito de usar a marca e shows e atividades profissionais, mas precisariam pagar um terço do lucro a Giulliano.

O voto de desempate foi dado pelo ministro Marco Buzzi. O ministro afirmou que os músicos são coautores das obras que “fizeram a marca ser o que ela é” e parafraseou Ferreira ao lembrar que a Legião Urbana está “enraizada na vida pessoal e profissional” de ambos. Buzzi ressaltou que a banda faz parte da memória coletiva do Brasil, e que, os ex-integrantes devem estar aptos a continuar cantando e apresentando suas obras e utilizando o nome do conjunto.

A marca foi registrada em 1987 pela empresa de Renato Russo, a qual Villa-Lobos e Bonfá era sócios minoritários. No mesmo ano, ambos vendera suas cotas ao vocalista e abriram as próprias empresas. O advogado do músico, José Eduardo Cardozo, argumentou que os três foram responsáveis pela concepção e consagração do grupo no meio artístico e que “conviveram em total harmonia” em relação aos lucros e que o acordo seria pautado na relação de amizade e de lealdade entre eles.

Já a defesa da empresa coordenada por Giuliano alega que o uso da marca pelos músicos sem o consentimento da empresa, afeta a lei da propriedade industrial.

A Legião Urbana surgiu em Brasília em 1982 e se tornou símbolo do rock na época. A banda que tem sucessos como ”Faroeste Cabloco” e ”Eduardo e Mônica”, ficou em atividade até 1996, quando o vocalista da banda, Renato Russo, morreu em decorrência a complicações da Aids.

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Cantor de funk, MC Boladin 211 é preso por tentativa de feminicídio contra namorada adolescente

O cantor de funk Bernardo Soares da Rosa, conhecido pelo nome artístico MC Boladin 211, foi preso em flagrante em Porto Alegre na noite da última quarta-feira, 25, por tentativa de feminicídio. Segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, o MC de 20 anos é suspeito de agredir sua namorada de 16 anos com socos, chutes e coronhadas.

A prisão ocorreu após uma briga motivada por ciúmes. Bernardo teria dito que iria matar a adolescente e foi ao quarto buscar a arma. A vítima afirmou à polícia que, para se proteger, feriu Bernardo na perna com uma faca de cozinha e fugiu do apartamento, pedindo ajuda ao porteiro do prédio, que acionou a Brigada Militar (BM).

O cantor foi detido por tentativa de feminicídio, porte ilegal de arma de fogo e dano ao quebrar o celular da adolescente. A ocorrência foi registrada na 1ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). Bernardo foi levado ao Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp) para aguardar a audiência de custódia.

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