Depois da denúncia de que desembargadores teriam recebido propina de R$ 1,5 milhão do padre Robson de Oliveira para favorecer decisões em um processo que envolveu a compra de uma fazenda, a juíza Placidina Pires, responsável pelo caso no Tribunal de Justiça de Goiás, encaminhou os documentos para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) apurar o suposto favorecimento ilícito. O documento foi despachado na última sexta-feira, 5.
O processo foi encaminhado para o STJ porque os desembargadores têm foro privilegiado e somente a Corte superior pode fazer a investigação se eles receberam ou não dinheiro do padre Robson. Investigadores encontraram no celular do religioso as mídias e documentos de conversas entre o padre e advogados que indicariam a suposta compra de sentença. Os áudios foram divulgados em 23 de fevereiro.
A defesa do padre disse em nota que não foi intimada ainda, mas que segue “com a mesma tranquilidade, independentemente de onde tramite, pois não houve irregularidades”. Já o STJ disse, por meio de nota, que não vai comentar o caso porque o processo está em segredo de Justiça.