Os chacareiros interessados em ter pequizeiro que produz o fruto sem espinho poderão receber mudas da planta a partir de 2023. A distribuição das amostras na primeira edição neste ano foi exclusiva para agricultores familiares e viveiristas, mas teve bastante procura. Foram 2,4 mil mudas de pequi entregues na estreia do projeto.
“Estamos iniciando o processo de produção de mudas a partir de janeiro. Essas mudas demandam em torno de seis a oito meses para ficar prontas, então a estimativa é de que, de agosto a setembro, teremos mudas a serem comercializadas”, informou a Emater.
O pequi modificado tem o mesmo sabor marcante e tamanhos variados, sendo a única diferença a ausência de espinhos. A pesquisa de desenvolvimento do fruto com essa peculiaridade levou 25 anos para chegar ao atual resultado. Os cientistas realizaram o melhoramento genético da espécie com clonagem que foi propaganda por enxertia e estaquia.
A Emater comercializa kits com seis mudas do pequi, mas somente três delas não têm espinhos. A instituição prestará orientações e informações técnicas sobre a espécie. A ação foi promovida pela Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – unidade Cerrados (Embrapa Cerrados).
Comer o fruto exige muito cuidado. Em muitos casos, os desavisados precisam de ajuda médica. Em janeiro de 2020, o cantor Leonardo passou um susto ao comer pequi. Mesmo com prática, ele se descuidou e o espinho ficou preso à lingua do cantor.