Suspeitos de planejar atos de terrorismo no Brasil são alvo da Polícia Federal

Na manhã desta terça-feira, 8, agentes da Polícia Federal efetuaram a prisão de dois indivíduos suspeitos de participar da organização de supostos atos terroristas no Brasil. As identidades dos suspeitos não foram divulgadas, e ambos foram detidos em caráter temporário, no estado de São Paulo. As prisões fazem parte da Operação Trapiche.

Segundo informações da TV Globo, os alvos da operação têm ligação com o grupo armado libanês Hezbollah e fizeram viagens recentes a Beirute (capital do Líbano). Os suspeitos devem ser ouvidos pela PF ainda nesta quarta.

O objetivo da operação foi investigar não apenas a atividade criminosa dos detidos, mas também indícios de recrutamento de outras pessoas para a execução de atos extremistas.

A ação envolveu a execução de dois mandados de prisão e 11 mandados de busca e apreensão em diferentes estados do país, sendo sete em Minas Gerais, três no Distrito Federal e um em São Paulo.

Os mandados de prisão foram expedidos pela Subseção Judiciária de Belo Horizonte. Caso as suspeitas sejam confirmadas, os investigados podem enfrentar acusações de constituir ou integrar organização terrorista, bem como de realizar atos preparatórios de terrorismo.

Esses crimes, previstos na Lei de Terrorismo (Lei nº 13.260, de 2016), são considerados hediondos e inafiançáveis. Além disso, o cumprimento da pena será em regime fechado, independentemente de condenação definitiva (trânsito em julgado).

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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