Tarifa de ônibus pode ficar mais barata em Goiânia

Parece um sonho, mas finalmente o transporte coletivo de Goiânia e região metropolitana deve começar apresentar serviço de qualidade. A expectativa se baseia na união de forças entre estado e municípios para reestruturar o atual sistema. As definições sobre as mudanças podem ocorrer ainda em março deste ano, com possível barateamento da tarifa. A única certeza é que o preço da passagem não será reajustado.

Os usuários conseguem apontar os problemas: demora, poucos ônibus, bilhete caro, terminais ruins e serviço péssimo. As autoridades reconhece todos eles, porém não conseguia resolver não apenas por falta de vontade. O funcionamento do atual modelo de transporte coletivo apresenta problemas crônicos por desalinhamento com as novas demandas e necessidades.

Um projeto de lei aprovado na Assembleia Legislativa goiana torna o transporte coletivo da região metropolitana de Goiânia uma rede com atuação em 18 municípios próximos à capital. Esse mecanismo permite a redistribuição da participação financeira que mantém o serviço, sendo 41,2% para o estado de Goiás, 41,2% para Goiânia, 9,4% para Aparecida de Goiânia e 8,2% para Senador Canedo.

O governador Ronaldo Caiado assegura que a reestruturação não implicará em aumento da tarifa, que continuará R$ 4,30. A proposta vai além, ao tentar tornar o valor ainda menor para usuários em trechos mais curtos. Uma reunião da Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos (CDTC) está marcada para as próximas semanas a fim de analisar política tarifária, a pauta do encontro. Outros pontos a serem analisados são a reforma de terminais de ônibus e aumento e requalificação da frota.

Em Goiânia, o transporte público está funcionando sob regime do plano emergencial. A situação é semelhante a de outras regiões no País em que a pandemia acirrou as dificuldade do serviço e do sistema. Ao todo, 52 empresas brasileiras já teriam suspendido a prestação dos serviços ou permanecido sob intervenção ou recuperação judicial, segundo a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).

Confira o que pode mudar:

TARIFA DINÂMICA

Cada município poderá estabelecer seus preços para os bilhetes considerando a atração de demanda e a possibilidade financeira de quem ususfrui do serviço

MEIA-PASSAGEM PARA CURTAS DISTÂNCIAS

Quem percorre trajeto de até cinco quilômetros de ônibus poderá pagar a metade do valor: R$ 2,15.

BILHETE ÚNICO

O usuário terá a possibilidade de usar mais de um ônibus num intervalo de tempo específico, que talvez corresponda a duas horas

FROTA

Em junho, Goiânia deve receber o primeiro ônibus totalmente elétrico. Os usuários da linha do Eixo Anhanguera poderão usufruir da novidade que impacta menos o ambiente devido à redução da emissão de gases poluentes. Testes e avaliações de viabilidade técnica e econômica estão sendo realizados para posterior substituição da frota com 100 veículos aumentando a quantidade atual de veículos rodando na linha, que é de 86.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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