Taxa do agro deve ser regulamentada ainda neste mês

Os detalhes da aplicação do Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra) serão publicados ainda neste mês pelo governo de Goiás. A chamada taxa do agro foi sancionada pelo governador Ronaldo Caiado e, apesar do nome, é uma contribuição facultativa e varia conforme o segmento. A expectativa é que os cofres públicos arrecadam R$ 1 bilhão e deve ser aplicado na área de transporte e do agronegócio.

A medida exclui da contribuição os produtores de itens da cesta básica, de leite e agricultores familiares que vendem direto para o consumidor final. A proposta da “taxa do agro” veio para tapar a lacuna do fim da redução do ICMS cobrado sobre os combustíveis feita pelo presidente Jair Bolsonaro em junho deste ano e colocou em risco toda a prestação de serviços públicos no estado.

O percentual cobrado da taxa será de 1,65%, no máximo sobre as operações na produção agrícola, pecuária e mineral. O texto aprovado pelos deputados estaduais prevê destinação específica e restringe a aplicação desregrada pelo governo. O dinheiro será administrado por conselhos cujos membros não receberão salário e deverão ser indicados pelo governador para mandato de um ano.

O documento de sanção da contribuição explica que a contribuição poderá ser cobrada em um percentual na taxa não superior a 1,65% sobre o valor da operação com as mercadorias discriminadas na legislação do imposto ou por unidade de medida adotada na comercialização da mercadoria. Demais detalhes como formas de pagamento e toda a regulamentação serão publicados em um decreto a ser assinado pelo governador.

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Senado aprova projeto para proibir uso de celular em escolas

O plenário do Senado Federal aprovou, em votação simbólica, na noite de quarta-feira, 18, o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo de telefones celulares, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos e privados de ensino infantil e médio de todo o país.

O texto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, na semana passada, em votação terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o texto também teve rápida tramitação no Senado, indo direto para votação em plenário. Com a aprovação no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial e poderá valer já para o ano letivo de 2025.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já possuem legislações que restringem uso de celular em escolas.

De acordo com o relator do PL no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), a medida não traz punições, mas “orienta uma política pública educacional”.

“Entre o início do período de aula até o final, o uso de celular está proibido, salvo questão de necessidade, como saúde. A regra é que o aluno deixe esse celular desligado, mutado, na sua mochila ou no estabelecimento que tiver espaço, e ele tenha concentração total na aula. É um projeto muito simples, ele quer resgatar a atenção do aluno, levar esse aluno a prestar atenção na aula”, argumentou o senador, durante a sessão de debates.

Apesar de ter obtido unanimidade entre os senadores, duas emendas chegaram a ser apresentadas. Uma delas, de autoria do senador Rogério Marinho (PL-RN), visava estabelecer a obrigatoriedade apenas no ensino infantil e fundamental, do 1º ao 9º ano, excluindo o ensino médio. O argumento do parlamentar era aplicar a política de forma gradual. A emenda acabou sendo rejeitada.

Uma outra emenda, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), chegou a ser apresentada, para obrigar a instalação de câmeras em salas de aula, mas, após os debates, o parlamentar retirou a proposta, para reapresentá-la na forma de um projeto de lei em separado.

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