TRE cassa diplomas do prefeito e do vice de São Simão

O prefeito, já licenciado, é acusado de pedofilia e distribuição de pornografia infantil e o vice por improbidade administrativa

O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) decidiu pela cassação dos diplomas do prefeito de São Simão, Francisco Assim Peixoto (PSDB) e do seu vice, Fábio Capanema (PP). A decisão do Tribunal foi proferida na sessão de ontem (04).

O Diário do Estado entrou em contato com a Prefeitura de São Simão, entretanto, o retorno é de que ainda não havia um posicionamento sobre o caso. O prefeito, Peixoto, já estava com seu mandato cassado desde o dia 25 de outubro pela Câmara Municipal da cidade. Ele é acusado pelos crimes de importunação sexual e tentativa de adquirir e distribuir pornografia infantil. O prefeito chegou a ser preso no dia 28 de julho deste ano mas foi solto seis dias depois.

Já o vice prefeito, que estava no cargo da Prefeitura da cidade devido a ausência de Peixoto, Fábio Capanema (PP) teve seu diploma cassado por uma decisão ainda de 2020. Em dezembro, logo após as eleições, o Ministério Público Eleitoral interpôs um recurso contra a expedição dos diplomas do prefeito e do seu vice pois Capanema estava com seus direitos políticos suspensos por oito anos (desde 2011).

A cassação do vice prefeito

De acordo com o processo, na época em que o o vice-prefeito ainda estava no cargo de vereador e presidente da Câmara Municipal de São Simão, ele utilizou um veículo público oficial para fazer compras em um shopping, juntamente com duas mulheres. A sentença final foi dada em dezembro de 2020, após a análise de uma série de recursos.

O juiz José Proto de Oliveira, durante a sessão de ontem, explica que a cassação do diploma de ambos se dá pelo entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao considerar a indivisibilidade da chapa majoritária, ou seja, se o vice não possui condições de direitos políticos para assumir o cargo, o prefeito também não pode ser diplomado.

Agora, a administração da cidade ficará a cargo do presidente da Câmara Municipal da cidade, o vereador Lucas Vasconcelos.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

STF rejeita queixa de Michelle Bolsonaro contra Erika Hilton

Nesta quinta-feira, 26, o Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão significativa, rejeitando a queixa apresentada por Michelle Bolsonaro contra a deputada federal Erika Hilton. A queixa foi motivada por um comentário feito por Erika Hilton em março, que criticava a entrega do título de cidadã paulistana à ex-primeira-dama.

A decisão do STF mantém a imunidade parlamentar de Erika Hilton, protegendo-a de processos judiciais por declarações feitas no exercício de seu mandato. Essa imunidade é uma garantia constitucional para os parlamentares, permitindo-lhes expressar suas opiniões sem medo de represálias legais.

Acusações

Michelle Bolsonaro havia acusado Erika Hilton de injúria e difamação, alegando que as declarações da deputada a ofenderam. A ex-primeira dama pedia uma indenização de R$ 15 mil pelos comentários feitos pela parlamentar em março deste ano.

Na época, a psolista escreveu: “Não dá nem para homenagear Michelle Bolsonaro por nunca ter sumido com o cachorro de outra família porque literalmente até isso ela fez”. O comentário se refere ao caso do animal adotado pela ex-primeira-dama em 2020 que já tinha dono.

No entanto, o STF considerou que as afirmações de Erika Hilton estavam cobertas pela imunidade parlamentar, o que a isenta de responsabilidade legal por essas declarações.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp