TRF suspende exigência do passaporte da vacina para volta às aulas da UFG em 2022

UFG abre vagas para ingresso de alunos surdos no curso de Letras-Libras

Foi acatado pelo Tribunal Regional Federal da 1° região o recurso da Defensoria Pública da União (DPU), que pediu a suspenção da exigência do comprovante de vacina, para que os estudantes da Universidade Federal de Goiás (UFG) tivessem acesso ao campus.

O pedido foi consentido na última segunda-feira (20), pela desembargadora Ângela Catão. Em sua decisão a desembargadora afirmou que a resolução editada pelo Conselho Universitário da UFG fere o princípio da hierarquia das normas, bem como ofende o direito constitucional à liberdade de locomoção, o que torna ilegal o ato praticado.

Em nota a instituição afirmou que foi notificada sobre a decisão do TRF1 em que está avaliando os meios legais para respaldar e garantir a decisão do Conselho Universitário.

Em novembro deste ano, a instituição divulgou uma nota a imprensa, de que o Conselho Universitário da UFG, havia determinado a exigência do passaporte vacinal para a circulação de professores, técnicos-administrativos, estudantes e visitantes na universidade.

Segundo a DPU argumentou, a decisão tomada pela instituição estaria “violando a liberdade constitucional de ir, vir e permanecer”, com isso a DPU entrou com o pedido na Justiça Federal para que fosse proibido a exigência da UFG.

Na última sexta-feira (17), o juiz da 2ª vara Federal de Goiânia, Jesus Crisóstomo de Almeida, recusou o pedido. Para ele a exigência do passaporte da vacina para Covid-19 para ter acesso às dependências da UFG envolve medida necessária para resguardar a saúde da comunidade universitária.

Com isso, a defensoria recorreu em 2ª instância e argumentou que o Conselho Universitário da UFG não indicou qual seria a justificativa legal que embasou o estabelecimento do “passaporte da vacina” e que ele restringe e proíbe pessoas ao exercício do direito fundamental de liberdade de locomoção.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp