Última atualização 19/11/2024 | 09:21
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou recentemente que está preparado para declarar estado de emergência nacional e utilizar recursos militares como parte de seu plano para deportar migrantes em grande escala do país. Essa declaração foi feita em resposta a uma publicação de Tom Fitton, diretor da organização conservadora Judicial Watch, na rede social Truth Social.
Fitton havia mencionado que a próxima administração de Trump está pronta para declarar estado de emergência nacional e usar meios militares para combater a “invasão” de migrantes, que Trump atribui ao governo de Joe Biden. Trump respondeu à mensagem com um simples “Verdade!”.
Desde sua vitória nas eleições presidenciais, Trump tem tomado medidas para implementar deportações em massa de migrantes, a quem acusa de “envenenar o sangue” dos Estados Unidos e “infectar” o país. Ele prometeu iniciar as deportações no primeiro dia de seu mandato, afirmando que lançará “o maior programa de deportação da História americana” para tirar “criminosos” do país.
Para cumprir essa promessa, Trump já nomeou vários defensores de uma política migratória rígida para cargos importantes em seu Gabinete. Tom Homan, ex-diretor interino da Imigração e Fiscalização Aduaneira dos EUA (ICE), foi nomeado “czar da fronteira”. Homan é conhecido por sua posição linha-dura em relação à imigração e supervisionou a política que resultou na separação de 4 mil crianças migrantes de seus pais entre 2017 e 2018.
Trump também indicou que poderá usar a Guarda Nacional ou, se necessário, o Exército para realizar as expulsões de migrantes em situação irregular. A equipe de Trump está avaliando a declaração de emergência nacional para desbloquear recursos do Pentágono e expandir espaços de detenção.
Os planos da nova administração incluem a implementação de medidas rígidas na fronteira, a revogação de políticas de Biden e o início da detenção e deportação em larga escala de migrantes. Organizações de defesa dos direitos humanos estão preocupadas com o destino dos mais de 11 milhões de migrantes em situação irregular nos EUA, enquanto muitos economistas alertam que uma deportação em massa teria um custo exorbitante e causaria um impacto devastador na economia americana.
Trump assume o cargo em 20 de janeiro de 2025 e já está preparando ações executivas para implementar seu plano de deportação. A declaração de emergência nacional permitiria o uso de fundos do Pentágono, uma estratégia que Trump já utilizou em seu primeiro mandato para construir um muro na fronteira com o México.