Turista argentina é morta com 18 facadas em trilha de praia em Búzios

Novos detalhes foram revelados sobre o brutal assassinato de Florencia Aranguren, uma turista argentina de 31 anos, mortacom 18 facadas e pauladas enquanto fazia uma trilha próxima à praia de José Gonçalves, em Armação de Búzios, Rio de Janeiro. O suspeito é o lavrador Carlos José de França, de 31, preso em flagrante pela Polícia Civil por homicídio.

De acordo com o jornal O Globo, a vítima teria entrado em luta corporal antes com o autor do crime antes de morrer. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Cabo Frio, cidade vizinha. O laudo de necropsia já foi concluído, mas ainda não foi divulgada informação sobre a causa da morte e se houve tentativa de estupro.

A polícia ainda investiga as motivações do crime, ocorrido na quarta-feira, 6. O delegado Phelipe Cyrne Mattos Silva, da 127ª DP (Armação de Búzios), mencionou que a família da vítima foi notificada pelo consulado argentino e já estão a caminho do Brasil para acompanhar os trâmites de translado do corpo para o país natal.

A prefeitura de Búzios informou que o corpo foi descoberto por meio de denúncia anônima, e a Guarda Municipal confirmou o óbito ao investigar. Moradores próximos detiveram o suspeito, negando o crime e alegando ter sido vítima de tentativa de roubo. As roupas dele apresentavam manchas de sangue, e marcas de defesa foram encontradas em seu corpo.

Phelipe Cyrne, delegado responsável pelo caso, explica que há duas linhas de investigação: latrocínio, que é o roubo seguido de morte, ou tentativa de estupro, diante do histórico criminal do acusado. Em exame de corpo delito foram constatadas lesões de defesa nas mãos e diversos cortes no pescoço e na nuca da vítima.

Exames periciais confirmaram a presença de sangue, aguardando-se resultados de exames de DNA. A Polícia Civil iniciou as investigações imediatamente, realizando perícia no local e ouvindo testemunhas. O suspeito possui antecedentes criminais por roubo, além de estupro cometido contra uma adolescente, em Pernambuco, em 2009.

Câmeras de segurança mostraram a vítima passeando com o cachorro praticamente uma hora antes de ser assassinada. O vídeo foi gravado em uma rua do bairro às 7h05 de quarta-feira, 6. Depois de 23 minutos, às 7h28, o suspeito passa pelo mesmo ponto de bicicleta, encontrada no mato após o crime.

Cão reagiu

O cachorro da vítima, Tronko, estava ao lado do corpo e teria ajudado a identificar o suspeito, tentando atacá-lo. O animal foi levado para um lar temporário enquanto aguarda contato da família de Florencia.

Florencia era acrobata e morava na região há três dias. Apaixonada por acrobacia, rock e arte surrealista, pretendia morar no Brasil, conforme revelam suas redes sociais. O caso continua sob intensa investigação para esclarecer os detalhes desse trágico acontecimento.

Repercussão

Jornais argentinos repercutiram o assassinato de Florencia Aranguren. No Clarín, a manchete da quarta-feira foi “Horror no Brasil: uma argentina foi morta a facadas em Búzios”. Outros veículos, com o jornal La Nación, descreveram o crime como um “choque”.

O caso também foi repercutido pelos jornais El Diario e Infobae, que lembrou outro assassinato de um argentino no Brasil. Em fevereiro de 2019, Daniel Barizone, de 65 anos, caminhava com a mulher em uma praia de Salvador, na Bahia, quando foi vítima de um latrocínio.

 

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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