Urgente: MP pediu prisão de Padre Robson

O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) pediu a prisão do padre Robson de Oliveira Pereira, reitor do Santuário Basílica de Trindade, no âmbito do processo que apura irregularidades na Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), da qual é presidente. No entanto, a Justiça negou a solicitação.

O corpo jurídico da Afipe informou que “não foi pego de surpresa” com a operação e que, no passado, “se colocou à disposição do Ministério Público”. Salientou ainda que o padre Robson acompanhou toda a operação e que tudo segue em “extremo sigilo”.

A operação “Vendilhões” foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (21) para investigar diversos crimes, inclusive lavagem de dinheiro que era doado à entidade, principalmente para arcar com os custos da construção do novo Santuário Basílica. Dezesseis mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Foi constatado que nos últimos dez anos, a associação movimento em suas contas mais de R$ 2 bilhões.

De acordo com a denúncia do MP, os pagamentos destinados das Afipes aos grupos de empresas e pessoas só nos últimos três anos, giram em torno de R$ 120 milhões.

Em sua justificativa para pedir a detenção, o MP-GO afirmou que a prisão era necessária porque o padre, “há vários anos”, estaria se apropriando de recurso da Afipe, bem como “promovendo a transferência de bens desta para terceiros”. Além da prisão, pleiteou ainda que ele fosse afastado do cargo diretivo da Afipe, bem como proibido de entrar nos imóveis da entidade.

Por fim, ressalva que o padre administra entidades que recebem mais de R$ 20 milhões mensais em doações de todo o Brasil e estaria usando os valores em benefício de terceiros.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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