O governador Marconi Perillo afirmou neste domingo, dia 2, à coluna Giro, do jornal O Popular, que, assim como ocorreu com as demais acusações da Operação Monte Carlo, a denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF) ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) na última quinta-feira “não tem nenhuma consistência”. “Nenhuma das acusações da Monte Carlo mostrou fundamento. Das acusações daquela época, apenas uma foi objeto desta denúncia do MPF e vamos mostrar, mais uma vez, com ampla documentação, que não tem nenhuma consistência”, disse.
Marconi observou, em função da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) aberta no Congresso Nacional em 2012 para apurar as denúncias da Monte Carlo, sua vida foi profundamente investigada e que nenhuma das acusações restou comprovada. À época, o próprio governador pediu para ser ouvido pela CPI, abrindo espontaneamente seus sigilos fiscal, bancário e telefônico, que foram entregues aos deputados e senadores integrantes da CPMI. O relatório final da comissão demonstrou que as acusações não tinha consistência e ninguém foi indiciado.
“Estou absolutamente tranquilo. O pior calvário enfrentei em 2012 com as acusações da Monte Carlo, que geraram CPI no Congresso”, disse o governador ao Giro. “Nenhuma mostrou fundamento. Investigaram toda a minha vida”, completou. Antes de encaminhar a denúncia em questão ao STJ, o MPF determinou o arquivamento das outras três acusações contidas no processo. A defesa do governador afirmou na quinta-feira ter a convicção de que “a denúncia será arquivada antes da instauração do processo legal por não ter nenhum fundamento”.
“Quanto à questão restante, objeto da Denúncia, há completa tranquilidade quanto ao seu enfrentamento e também seu arquivamento”, afirmou a defesa do governador em nota, assinada pelo advogado Carlos de Almeida Castro, o Kakay. “As vantagens citadas na Denúncia sequer en passant foram comprovadas, circunstância que mantém a confiança da defesa e do governador Marconi Perillo no Poder Judiciário”, afirma a nota.
A defesa afirma ainda que “o andamento das apurações demonstrou que os fatos em questão, bem como os demais a ela relacionados, não foram comprovados, e não houve qualquer benefício ou vantagem a pessoas ou empresas”. Kakay pondera ainda que “imaginar que um governador de Estado dê qualquer vantagem a pessoas ou empresas em troca de dois pagamentos de R$ 45 mil é fruto do momento punitivo pelo qual passa o País”. “Reafirmamos nossa confiança no Superior Tribunal de Justiça”, disse a defesa.