Vereador que ameaçou dar “cintada no lombo de colega” é denunciado

Geverson Abel denunciou o vereador Sargento Novandir ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar pelas ameaças sofridas durante sessão

O vereador Geverson Abel (Avante) protocolou representação contra o vereador Sargento Novandir (Republicanos) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de Goiânia. A denúncia é referente as ofensas e a ameaça de agressão com cintada pelo policial.

Na representação, Abel pediu que o Sargento Novandir pudesse ser condenado com penalidades “mais gravosas”. No estatuto da Casa, está previsto a falta ética nas situações de desacato ou prática de ofensas físicas e/ou morais contra qualquer cidadão ou grupo de pessoas que assistam as sessões da Câmara.

A decisão de instauração de processo disciplinar é deliberado pelos membros que formam o Conselho, composto pelos vereadores Anselmo Pereira, Clécio Alves, Henrique Alves, Juarez Lopes, Sabrina Garcez, Sandes Júnior e Willian Veloso.

Ameaça de cintada no lombo de vereador

O caso aconteceu na sessão plenária do dia 20 de outubro. Na ocasião, Novandir acusa Geverson Abel de ter articulado com outros vereadores para que um projeto fosse derrubado na Comissão de Constituição e Justiça. Na tribuna, o Sargento tira o cinto da cintura, o bate na mesa e diz:

“Quando a gente pega moleque covarde na rua e o pai e a mãe educa, queria te educar com cintada no seu lombo. Infelizmente, não posso fazer isso. Mas o senhor merecia isso vereador. Porque essas 320 famílias vão lembrar do senhor, não vão esquecer o prejuízo que o senhor deu a essas crianças. E continua trabalhando dessa forma, porque como eu falei para você, talvez tenha sucesso aqui na terra, mas vai queimar no fogo do inferno”, ameaçou Novandir.

O Diário do Estado tentou contato com o vereador Sargento Novandir, mas até o fechamento dessa matéria, não houve retorno. O espaço permanece aberto para manifestação.

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STF rejeita queixa de Michelle Bolsonaro contra Erika Hilton

Nesta quinta-feira, 26, o Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão significativa, rejeitando a queixa apresentada por Michelle Bolsonaro contra a deputada federal Erika Hilton. A queixa foi motivada por um comentário feito por Erika Hilton em março, que criticava a entrega do título de cidadã paulistana à ex-primeira-dama.

A decisão do STF mantém a imunidade parlamentar de Erika Hilton, protegendo-a de processos judiciais por declarações feitas no exercício de seu mandato. Essa imunidade é uma garantia constitucional para os parlamentares, permitindo-lhes expressar suas opiniões sem medo de represálias legais.

Acusações

Michelle Bolsonaro havia acusado Erika Hilton de injúria e difamação, alegando que as declarações da deputada a ofenderam. A ex-primeira dama pedia uma indenização de R$ 15 mil pelos comentários feitos pela parlamentar em março deste ano.

Na época, a psolista escreveu: “Não dá nem para homenagear Michelle Bolsonaro por nunca ter sumido com o cachorro de outra família porque literalmente até isso ela fez”. O comentário se refere ao caso do animal adotado pela ex-primeira-dama em 2020 que já tinha dono.

No entanto, o STF considerou que as afirmações de Erika Hilton estavam cobertas pela imunidade parlamentar, o que a isenta de responsabilidade legal por essas declarações.

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