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Veterinário é suspeito de sacrificar animais saudáveis na Zoonoses de Goiânia

Última atualização 03/07/2024 | 15:43

Um veterinário, de 64 anos, está sendo investigado por eutanasiar pelo menos dois cães saudáveis na Diretoria de Vigilância em Zoonoses de Goiânia. A Polícia Civil de Goiás (PCGO) suspeita que outros animais também possam ter sido sacrificados sem justificativa legal, o que é considerado crime de maus-tratos.

A presidente do Grupo de Proteção Animal (GPA) de Goiânia, Simelli Lemes, relatou que a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão na terça-feira, 2, tanto no órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) quanto na residência do veterinário.

O suspeito foi interrogado na delegacia nesta quarta-feira, 3, e foram encontrados medicamentos utilizados na eutanásia em sua casa, além de um livro sobre o assunto com páginas rasgadas propositalmente para esconder o crime.

A eutanásia de animais é permitida por lei apenas em casos de sofrimento, doença incurável ou riscos à saúde humana, o que não parece ter sido o caso dos cães sacrificados pelo veterinário. Além disso, ele dificultou o diagnóstico de raiva nos animais, o que é extremamente grave.

Durante as buscas na Zoonoses, a polícia encontrou problemas estruturais e organizacionais, como a falta de um responsável técnico, documentos de procedimentos realizados e registros de anos anteriores. A SMS afirmou que segue as leis em vigor e está colaborando com as investigações da PC.

Confira a nota completa da vigilância:

“A Diretoria de Vigilância em Zoonoses esclarece segue todos as leis vigentes nos âmbitos, municipal, estadual e federal. Em relação as eutanásias, elas são realizadas seguindo a Lei N° 14.228/2021 e, conforme a legislação, são executadas apenas nos casos de males, doenças graves ou enfermidades infectocontagiosas incuráveis que coloquem em risco a saúde humana e a de outros animais.

Os profissionais Médicos Veterinários, autorizados a realizarem o procedimento, seguem recomendação técnica prevista na Resolução N° 1000 do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV).

A Diretoria de Vigilância em Zoonoses está colaborando com a investigação. Está disponibilizando documentos e fornecendo todas as informações solicitadas”.