Vídeo: após atropelar homem, padre é denunciado por tentativa de homicídio

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Vídeo: após atropelar homem, padre é denunciado por tentativa de homicídio

Em Santa Cruz do Rio Pardo, no interior de São Paulo, o Ministério Público (MP-SP) denunciou um padre por tentativa de homicídio qualificado. Câmeras de segurança flagraram o momento em que o religioso atropela um homem, suspeito de furto. O caso aconteceu em 7 de maio, mas a denúncia do MP foi feita apenas neste mês.

Atropelamento do padre

A cidade de Santa Cruz do Rio Pardo possui menos de 50 mil habitantes, levando em conta os dados de 2020 do IBGE. Em um local tão pacato, uma ocorrência envolvendo um padre chamou a atenção.

No vídeo em questão, é possível ver o momento em que o veículo invade a calçada e atropela um homem. A vítima foi presa em flagrante. De acordo com o B.O., ele furtou três moletons e uma camiseta.

Na versão do padre Gustavo Tiradentes dos Santos, ele estava celebrando um casamento e, depois de finalizar a cerimônia, ouviu o alarme da casa paroquial. Ao ver um homem pulando o muro e tentando fugir, o religioso e outro acompanhante no carro pediram para o suspeito parar.

Ainda na versão do padre, o homem se jogou no capô no momento em que o religioso tentou impedir que ele escapasse. Gustavo foi embora por temer que o suspeito estivesse portando alguma arma, mas pediu para os presentes chamarem a polícia. No dia seguinte, comemorou o seu aniversário e o Dia das Mães em Ribeirão Preto.

Entretanto, o depoimento de Gustavo gerou algumas inconsistências. Uma delas é de que as janelas estavam fechadas no momento do atropelamento. Portanto, os presentes no carro não teriam como pedir ao suspeito para parar.

Após as investigações, o MP denunciou o padre por tentativa de homicídio qualificado, pela “utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima”. Além disso, Gustavo estava com a habilitação vencida e terá de responder processo administrativo no Detran.

A defesa da vítima solicitará à Igreja a retirada da queixa de furto, até porque o homem atropelado sofreu afundamento craniano, perdeu massa muscular e não consegue falar. Por isso, a Promotoria também pediu que, em caso de condenação, o padre pague um valor mínimo para reparação de danos.

Confira as imagens de uma câmera de segurança:

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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