Museu do Louvre é evacuado após ameaça de bomba

Um dos lugares mais visitados por turistas no mundo, o famoso Museu do Louvre, em Paris, foi evacuado neste sábado, 14, após uma ameaça de bomba que chegou por meio de um bilhete, em meio a uma crescente preocupação com a segurança na França. Cerca de 15 mil visitantes tiveram que sair às pressas.

A decisão de evacuação foi tomada após o envio de uma mensagem escrita alertando sobre um risco para o museu e seus visitantes. “Optamos por esvaziá-lo e fechá-lo durante todo o dia, momento essencial para proceder à verificação”, explicou um porta-voz da instituição à AFP.

Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram pessoas correndo para fora do museu, que fechou suas portas no início da manhã. A situação se torna ainda mais tensa devido ao aumento das preocupações com a segurança na França. A Operação Sentinelle mobilizou cerca de 7 mil militares em todo o país neste sábado para conter uma possível ameaça terrorista.

A suspeita de bomba surge apenas um dia após um ataque em uma escola em Arras, no norte do país, onde um professor foi assassinado em sua sala de aula por um jovem islâmico. A França carrega o peso de uma história recente de ataques terroristas que causaram vítimas em diferentes partes do país, incluindo o atentado ao jornal satírico Charlie Hebdo e o teatro Bataclan.

As tensões aumentaram ainda mais nas últimas semanas devido ao conflito entre Hamas e Israel no Oriente Médio, o que levou o governo francês a reforçar a segurança em várias instalações religiosas e culturais. Também foram proibidas manifestações pró-Palestina no país.

A situação é acompanhada com grande atenção pelas autoridades francesas e pela comunidade internacional, enquanto a França lida com as complexas questões de segurança em meio a eventos recentes. Até o momento, as autoridades não divulgaram informações sobre a origem da ameaça no Museu do Louvre.

Assista ao vídeo: 

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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