Última atualização 08/09/2022 | 16:59
Uma lancha carregada de passageiros naufragou nesta quinta-feira, 8, na região de Belém, capital paraense. Segundo a Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Pará (Arcon-PA) o veículo não possuía autorização para transporte intermunicipal de passageiros e saiu de um porto clandestino.
De acordo com Secretaria de Segurança Pública (Segup) foi confirmado que 70 pessoas estavam no barco, 30 delas foram resgatadas ou conseguiram e 14 delas morreram. Ao menos nove embarcações e um helicóptero estão sendo usados nas buscas. Até o momento, a Perícia Científica do Pará ainda não havia sido acionada.
Com a ajuda dos mergulhadores, os bombeiros estão à procura dos 26 desaparecidos.
O naufrágio ocorreu por volta das 9h30, próximo à praia da Saudade, na Ilha de Cotijuba. O trajeto da embarcação era entre a localidade de Camará, na cidade de Cachoeira do Arari, arquipélago de Marajó, para Belém.
A lancha chamada Santa Lourdes é da empresa M. Souza Navegação, que já havia sido notificada pela Arcon por ter sido manuseada sem autorização. Até então não foi informada pelas autoridades a causa do acidente.
Em nota a agência informou: “A Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Estado do Pará (Arcon-Pa) informa que já havia notificado a empresa responsável pela embarcação e comunicou a Capitania dos Portos sobre a irregularidade do transporte aquaviário que estava sendo realizado. A embarcação não possui autorização para realizar transporte intermunicipal aquaviário de passageiros junto ao órgão estadual e realizou a viagem partindo de um porto clandestino na localidade de Camará, Marajó”
Já a Marinha informou em nota que: “equipes de Inspetores Navais da Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (CPAOR) e do Aviso Hidroceanográfico Fluvial “Rio Xingu” estão realizando buscas no local”.
“Até o momento, há confirmação de 14 óbitos. A CPAOR irá instaurar Inquérito Administrativo para apurar as possíveis causas e responsáveis pelo ocorrido. A Marinha lamenta o ocorrido e informa que continua com as buscas no local”, finalizou a nota.
Um dos passageiros ao se salvar informou: “A hélice parou no meio da baía [do Marajó] e o comandante alertou para ninguém se desesperar, mas a lancha começou a afundar do nada e as pessoas começaram a pular da lancha. Tinha muito idoso e criança na lancha”
Em nota, a Secretaria de Saúde de Belém (Sesma) informou que está prestando atendimento aos resgatados. “O Serviço Atendimento Móvel Urgência (Samu) está na área, por meio da ambulancha e das ambulâncias, ajudando no resgate das vítimas do acidente”
Por fim, segundo a prefeitura de Belém, os sobreviventes estão sendo levados á Unidades Básica de Saúde (UBS) e Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de cidades vizinhas.
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