Vídeo: Zara tem novo caso de racismo, em Salvador

Vídeo: Zara tem novo caso de racismo, em Salvador

Na tarde desta terça-feira (28) um cliente negro foi abordado por um segurança para retornar à loja da Zara, localizada no shopping da Bahia, em Salvador. O segurança obrigou o homem a apresentar as notas fiscais de compra e os documentos.

A situação foi gravada por testemunhas, que publicaram os vídeo do momento nas redes sociais. Em publicações e comentários, usuários das redes sociais questionaram a abordagem e acusaram a empresa de racismo.

Em nota, o shopping da Bahia declarou que, “um segurança do empreendimento foi acionado por representantes da loja, solicitando que o cliente retornasse à loja, pedido que foi prontamente atendido pelo cliente, que apresentou as notas fiscais ao lojista”.

Já a assessoria da Zara Brasil, em conjunto com a administração do Shopping Bahia, está apurando todos os detalhes relacionado ao fato, para que todas as providências necessárias sejam tomadas e para evitar que novos episódios como esse se repitam.

“Por meio de investigação realizada até o momento, e até a finalização da mesma, tomou-se a decisão de afastar do serviço uma funcionária da loja. A empresa lamenta o ocorrido neste episódio, que não reflete os valores da companhia”, diz a nota da loja.

Registro das testemunhas

Uma das pessoas que registrou a situação e publicou nas redes sociais foi o assistente de compras Iure Machado, de 26 anos. No vídeo, compartilhado por Iure, é possível ver o momento em que o homem abordado diz ao segurança, “Eu tenho cartão! Eu compro o que quiser! Não tem nada a ver!”

Em um outro vídeo que foi publicado no Twitter, a pessoa que fez a gravação diz, “Olha o que a Zara faz com o cliente. Pagou a mercadoria e eles ficam abordando só porque é negro”, nessas filmagens o cliente que foi abordado aparece mostrando os documentos para o segurança.

Segundo Iure, o fato aconteceu no início da tarde, por volta das 14h, quando ele entrou na loja para procurar uma peça de roupa. Foi quando ele viu a situação e decidiu gravar. Ele afirmou que não sabia se o segurança era um funcionário da loja ou do shopping. Iure contou que, no primeiro momento, apenas um segurança abordou o homem e depois chegaram mais dois.

Posteriormente, Iure conta que o cliente saiu da loja acompanhado pelos seguranças. “Eu fui atrás. E chegaram mais três seguranças que conduziram ele para outro canto do shopping”, disse. “A partir desse momento não consegui mais acompanhar o homem que foi abordado. Então, não tive contato com ele, para que pudesse identificá-lo”, declarou.

Outros casos de racismo na Zara

Recentemente, a Zara foi acusada de racismo, quando a delegada Ana Paula Barroso, que é negra, foi proibida de entrar em uma loja da marca no shopping Iguatemi, em Fortaleza, no dia 14 de setembro. Na ocasião, a delegada registrou um boletim de ocorrência pro racismo.

A investigação desse caso fez com que a Polícia Civil do Ceará afirmasse que a loja teria criado um código secreto para que funcionários ficassem atentos e acompanhassem pessoas negras ou com roupas simples que entrassem na loja.

Esse alerta era dado pelo sistema de som da própria loja, por meio do código “Zara Zerou“. Nesse caso, a Zara chegou a negar que utiliza códigos para discriminar clientes.

Assista ao vídeo do ocorrido: 

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Torcedores jogam cabeça de porco em jogo de Corinthians x Palmeiras

Durante a vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o Palmeiras na Neo Química Arena, em São Paulo, um incidente chocante marcou o jogo. Torcedores do Corinthians lançaram uma cabeça de porco no campo, gerando grande controvérsia e indignação.

Segundo testemunhas, o incidente ocorreu começou antes do início do jogo, quando a cabeça de porco foi arremessada por um homem em uma sacola por cima das grandes do setor sul.

A Polícia Civil solicitou ao Corinthians o acesso às imagens da câmera de segurança para identificar todos os responsáveis pelo ato. Dois torcedores foram levados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) e, após depoimentos, foi proposto uma transação penal no valor de R$ 4 mil ao Ministério Público, mas eles não aceitaram e negaram ter participado do ato.

Um dos suspeitos da provocação foi identificado como Rafael Modilhane, que teria comprado e arquitetado o ataque ao time rival. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra que o torcedor comprou o item em um açougue e mencionou o plano para jogar a cabeça no gramado.

“Sabe aquela cabeça de porco que postei mais cedo? Vocês vão ver o que vai acontecer com ela. A gente é louco mesmo. Se for para mexer com o psicológico de vocês [jogadores], nós vamos mexer.”, afirmou Modilhane.

Confira o vídeo:

Pelo artigo 201 da nova Lei Geral do Esporte, os torcedores envolvidos podem responder por “promover tumulto, praticar, incitar a violência e invadir local restrito aos competidores, com possível penas de até seis meses de prisão ou multa”. Cabe agora a decisão do Ministério Público se a denúncia será realizada ou voltará ao Drade para novas investigações.

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