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10 curiosidades sobre a independência do Brasil

Nesta terça-feira, 7 de setembro, é comemorado o Dia da Independência do Brasil, que foi proclamada por Dom Pedro I em 1822. Em 7 de setembro de 1822, às margens do rio Ipiranga, na atual cidade de São Paulo, o evento conhecido como Grito do Ipiranga marcou oficialmente a independência do Brasil. Mas o processo histórico de separação entre Brasil e Portugal iniciou em 1821 e só foi efetivamente concretizado em 1825. Para esclarecer um pouco mais do que aconteceu neste dia, preparamos uma lista com algumas curiosidades sobre o processo de  Independência do Brasil.

10.  Os jornais da época só citam a proclamação da Independência a partir de 12 de outubro. Assim, alguns historiadores questionam que a Independência do Brasil tenha sido realmente proclamada no dia 7 de Setembro;

9. A maçonaria teve um papel fundamental no processo de independência do Brasil, especialmente a partir da figura de José Bonifácio de Andrada e Silva, que foi um importante articulador do movimento de emancipação. José Bonifácio era grão mestre da loja Grande Oriente do Brasil e acreditava em uma emancipação que trouxesse mais autonomia, mas sem uma separação radical com Portugal, ou seja, defendia uma independência moderada, tendo em vista os processos de emancipação na América Espanhola que resultavam em pequenas repúblicas. D. Pedro I vai ter em Bonifácio uma grande referência política;

8. Os chamados Manifestos de agosto de 1822 também tiveram grande importância no processo de Independência e foram redigidos por duas das principais lideranças desse processo, sendo elas dois maçons: Gonçalves Ledo e José Bonifácio. Cada um dos manifestos defendia uma orientação política a ser seguida pelo Brasil após a independência. O primeiro manifesto possuía um teor radicalmente antilusitano, deixando explícito o anseio pela ruptura total com a Coroa Portuguesa. O segundo manifesto trazia uma defesa menos inflamada da independência;

7. O famoso termo ‘Independência ou Morte’, falado por D. Pedro, na verdade nunca ficou comprovado. E a expressão está no hino da Romênia, que em 1876 se separou da Hungria;

6. Foi a primeira esposa de D. Pedro I, Maria Leopoldina de Áustria que assinou o decreto de independência. Enquanto D. Pedro estava em viagem a São Paulo acompanhado de uma comitiva pequena, Leopoldina ficara na corte representando o governo, e com a crise iminente agiu assinando o decreto da independência. Maria Leopoldina foi uma importante articuladora política da independência, como mostram suas missivas a Pedro I neste período de conflitos e transição;

5. Pedro I estava em visita à Província de São Paulo na ocasião da ruptura definitiva entre Brasil e Portugal. Em 5 de setembro, ainda sem lhe ter chegado a notícia, ele partia de volta ao Rio de Janeiro. Entretanto, no dia 7 (dia do “grito do Ipiranga”), cavalgando com sua comitiva, o príncipe regente passou a sofrer recorrentes crises de disenteria, que são narradas pelo historiador Otávio Tarquínio de Sousa;

4.  A famosa pintura do quadro que retrata a Independência e é muito popular nos livros escolares, foi na verdade feita na Itália, em 1888, sob encomenda do Império no Brasil. E o autor da obra sequer era nascido em 1822;

3. As cores verde e amarela – que muita gente até hoje pensa representarem as matas e o ouro do Brasil – representavam, respectivamente, as casas Bragança e Habsburgo, ou seja, as famílias de D. Pedro I e Leopoldina, e passaram a fazer parte da simbologia da nação;

2. As províncias do Pará, Bahia, Piaui, Maranhão e Cisplatina resistiram à Independência do Brasil no início e D. Pedro teve que contar com ajuda da Inglaterra para conter os rebeldes, inclusive com a contratação de mercenários;

1.Portugal demorou a aceitar e reconhecer a independência do Brasil. Isso só aconteceu depois de muita mediação, por parte da Inglaterra, e deu-se em 1825, com a cobrança de indenizações – tanto para o estado português, como para particulares. Os portugueses exigiam o pagamento de objetos deixados no Rio de Janeiro – como, por exemplo, a Real Biblioteca (Real Gabinete Português de Leitura, no Rio de Janeiro).