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10 curiosidades sobre a Via Láctea que você não sabia

Última atualização 29/12/2021 | 18:38

A Via Láctea é uma galáxia espiral, da qual o Sistema Solar faz parte. Vista da Terra, aparece como uma faixa brilhante e difusa que circunda toda a esfera celeste, recortada por nuvens moleculares que lhe conferem um intrincado aspecto irregular e recortado.

A Via Láctea é conhecida praticamente “desde sempre”, porque é possível ver um de seus braços no céu noturno (em uma noite de céu limpo e livre de poluição luminosa), mas não faz tanto tempo que sabemos se tratar de uma galáxia. Isso porque, até cerca do ano de 1600, os astrônomos usavam apenas seus olhos nus para a observação do céu.

Ao criar uma luneta astronômica, Galileu Galilei revolucionou não apenas o conhecimento sobre a Via Láctea, como também sobre todo o universo. Para os fãs de Astronomia que querem saber um pouco mais sobre o universo em que vivemos, preparamos uma lista com 10 curiosidades e fatos interessantes sobre a Via Láctea.

10. Até alguns anos atrás, imaginava-se a Via Láctea como uma galáxia de plano quase perfeitamente achatado, como um disco de vinil. Não é uma imagem incoerente, já que temos algumas galáxias que, observadas a partir do ponto de vista da Terra, são exatamente assim. Mas o caso da Via Láctea é diferente. Estudos mostraram que quanto mais longe de seu centro, mais distorcido o disco se torna, o que dá à nossa galáxia um formato de “S” alongado.

9. A Via Láctea é a galáxia em que se encontra o Sistema Solar e o planeta Terra. Ela é um grande conjunto de estrelas, planetas, gases e poeira. Os astrônomos acreditam que há cerca de 300 bilhões de estrelas e 100 bilhões de planetas na Via Láctea. A massa da nossa galáxia é equivalente a 750 bilhões de massas solares.

8. O Sol é uma das 200 bilhões de estrelas da Via Láctea situadas em um dos seus braços. Ele, ou melhor, o Sistema Solar todo, ficam girando ao redor do núcleo e, apesar de não sentirmos, vamos a uma alta velocidade de 230 km/s. São 230 milhões de anos para completar um ano galáctico, ou seja, uma volta completa. Se levarmos em conta que o Sistema Solar tem 4,5 bilhões de anos, dá pra calcular que já fizemos isso 19 vezes.

7. A nossa galáxia foi batizada de Via Láctea por causa do seu aspecto esbranquiçado. Os gregos antigos a chamaram assim porque viam um “caminho de leite” ao observar o céu. Essa aparência leitosa fica mais visível a olho nu em noites de inverno e em locais com pouca poluição luminosa.

6. O diâmetro do disco espiral luminoso da Via Láctea é de cerca de 120 mil anos-luz. Normalmente, é a essa medida que nos referimos ao mencionar o tamanho da galáxia. Mas os limites dela vão muito além disso: um estudo concluiu que a Via Láctea se estende por 1,9 milhões de anos-luz, mais de 15 vezes maior que o disco espiral.

5. Acredita-se que a Via Láctea tenha surgido há cerca de 13 bilhões de anos, logo após o Big Bang. Uma grande e única nuvem composta por hidrogênio, hélio e poeira cósmica teria se fragmentado e dado origem a várias nuvens, que passaram a se desenvolver de forma independente, originando as galáxias. Já o Sol e os planetas do sistema solar teriam sido formados há cerca de 4,6 bilhões de anos.

4. Os indígenas Tembés, do sul do Pará, deram outro nome para nossa galáxia. Ao olhar para o céu, eles associavam as constelações aos ciclos de chuva e seca, interpretando a galáxia como um caminho percorrido pela natureza. Por isso, a apelidaram de Caminho da Anta.

3. Não há muita certeza de quantas estrelas exatamente existem na Via Láctea, mas estima-se que sejam aproximadamente 200 bilhões delas, podendo chegar a 400 bilhões. As mais comuns são, de longe, as anãs amarelas, enquanto as gigantes vermelhas são bem mais raras. Embora nosso céu noturno seja rico em constelações que podemos identificar e observar, vemos pouquíssimas estrelas da Via Láctea a olho nu — apenas 0,000003% delas é visível.

2. Na Via Láctea, há estrelas de diferentes tamanhos e fases evolutivas. O nosso Sol é uma estrela anã amarela, formada por 74% de hidrogênio e 24% de hélio, além de outros elementos. As anãs amarelas têm uma temperatura de 6.000 graus Celsius na superfície e um brilho amarelo brilhante, quase branco. Cerca de 10% das estrelas da Via Láctea são anãs amarelas, de tamanhos e temperaturas parecidos com os do Sol.

1. A Via Láctea não está sozinha: são bilhões de outras galáxias no Universo. Porém, como ela é bem maior do que as vizinhas, tende a atrair essas galáxias anãs que ficam orbitando ao seu redor, como é o caso das Nuvens de Magalhães. Há casos até de canibalismo — a Anã Sagitário é uma que “virou comida”. Hoje suas estrelas fazem parte da nossa população estelar, mas nasceram lá na anãzinha.