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10 curiosidades sobre o Caminho de Santiago

Por Lígia Saba 

A viagem rumo ao oeste, seguindo as setas amarelas que levam a Santiago de Compostela, e ao tumulo do apóstolo Santiago, é uma descoberta pelo norte da Península, que conta de paradas carregadas de história e beleza. Seja pelo Caminho da Costa, o Francês, o Vasco, o Lebaniego ou qualquer outra rota, a pé, de bicicleta ou a cavalo, o Caminho de Santiago é uma experiência única e enriquecedora. Para conhecer um pouco mais sobre essa importante rota turística, preparamos uma lista com 10 fatos e curiosidades sobre o Caminho de Santiago.

10. O caminho de Santiago é uma rede de rotas de peregrinação por toda a Espanha que levam até ao túmulo do apóstolo São Tiago. Conta a lenda que o corpo do Apóstolo Tiago foi levado de barco desde Jerusalém e enterrado onde hoje fica a cidade de Santiago de Compostela.

9. A rota mais popular é o Caminho Francês, que começa em St. Jean Pied de Port em França e cobre mais de 800 km até Santiago de Compostela. O Caminho é a rota mais seguida devido as suas boas infraestruturas: a rota é muito bem sinalizada e as ofertas de alojamento para os caminhantes é ampla e variada.

8. O passaporte de peregrino ou credencial permite ao viajante ficar hospedado nos albergues localizados ao longo da trilha e receber um certificado de conclusão da peregrinação: a Compostela.

7. A Concha de Vieira é o símbolo do Caminho de Santiago, podendo ser encontrada sua representação em postes e sinais ao longo da rota, para orientar os peregrinos em seu percurso. Muitos peregrinos também usam a concha como forma de se distinguirem como viajantes do Caminho de Santiago.

6. Para quem decide fazer o Caminho Francês a pé, irá demorar entre 4 a 6 semanas. O mesmo trajeto demora duas semanas de bicicleta. Ao longo da rota é possível encontrar cidades importantes como Pamplona, Burgos e León, que merecem uma visita tendo em conta o seu valor turístico.

5. Existem diversos caminhos para chegar ao suposto túmulo, isso porque desde sua descoberta, cada viajante fez seu próprio caminho, da porta de sua casa até Compostela. Algumas rotas e vias foram se tornando mais populares e mais transitadas por diversos motivos (segurança, facilidade de abastecimento), mas nunca puderam usar com exclusividade o título de Caminho de Santiago.

4.  Em 1993, a Unesco incluiu o Caminho de Santiago na lista de patrimônios mundiais e, para colocar ordem no caos, decidiu conceder a distinção ao Caminho Francês, o mais transitado desde a Antiguidade

3. A Compostela é o documento que certifica que a pessoa fez o Caminho por devotionis affectu, voti vel pietatis causa (por devoção, por voto ou por piedade). Trata-se de um pergaminho em latim emitido pelo Escritório do Peregrino de Santiago em nome da Igreja e que só é entregue a quem demonstrar, com a credencial de peregrino, ter concluído os 100 últimos quilômetros a pé ou a cavalo, ou os últimos 200 km de bicicleta.

2. Desde o ressurgimento das peregrinações a Compostela, a partir dos anos noventa, foi escrita uma infinidade de guias, romances, ensaios e tratados sobre o fenômeno do Jubileu Compostelano. Mas, de uma forma ou de outra, todas as publicações bebem na mesma fonte: o estudo mais rigoroso e detalhado já feito sobre o tema. Trata-se de Las Peregrinaciones a Santiago de Compostela (As peregrinações a Santiago de Compostela), um monumento literário escrito por três medievalistas de prestígio internacional: Luis Vázquez de Parga, José María Lacarra e Juan Uría Riu. Publicada pela primeira vez em 1948, a obra contém três volumes que se transformaram numa fonte indispensável para o estudo e o conhecimento do fenômeno das peregrinações a Compostela e do Caminho de Santiago.

1. A Galícia, região da Espanha, mudou com o desenvolvimento do Caminho de Santiago de Compostela. Uma curiosidade sobre esse fato é a de que alguns povoados voltaram a existir com a chegada do grande número de peregrinos. Muitos hotéis e albergues foram instalados na região para receber tantos visitantes e, o Caminho de Santiago movimenta milhares de euros para as famílias que recebem os peregrinos em suas instalações e restaurantes.