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10 livros que foram proibidos

Última atualização 22/09/2021 | 20:06

Por Lígia Saba

Em vários momentos da história e em diferentes lugares do mundo, muitos livros foram banidos da sociedade. Os motivos são os mais diversos possíveis, seja pela linguagem ou pela abordagem a temas polémicos: sexo, violência, política ou religião. E para quem pensa que censura na literatura é coisa do passado saiba que isso ainda acontece atualmente, em lugares não muito distantes de nós, e aplica-se até a bestsellers internacionais. Conheça alguns livros que já sofreram algum ripo de censura ao longo dos anos.

10. O Diário de Anne Frank

O diário secreto de Anne Frank, no qual a menina de origem judaica partilha o seu sofrimento, as dúvidas e as angústias, enquanto tenta escapar com a família à perseguição nazista, parece não ter sensibilizado todo o mundo. As referências a sexualidade e homossexualidade fizeram com que o livro tenha sido censurado em algumas escolas de ensino básico nos Estados Unidos.

9. O Crime do Padre Amaro

O livro escrito por Eça de Queiroz e publicado em 1875,  gerou uma grande onda de protestos dentro da Igreja Católica, graças ao teor erótico que parece contrapor o celibato clerical. A história sobre um padre que se apaixona e envolve com uma mulher foi banido das salas de aula portuguesas.

8. Lolita

Um clássico escrito por Vladimir Nabokov e que conta a história de um professor que se apaixona pela enteada de 12 anos. Na época de sue lançamento, em 1955, e depois de ser criticado por vários meios de comunicação, o livro foi retirado do mercado em países como França, Inglaterra, Nova Zelândia ou Argentina por abordar pornografia, pedofilia e incluir obscenidades.

7. Harry Potter e a Pedra Filosofal

A saga Harry Potter, talvez o maior fenómeno moderno na literatura para adolescentes, não foi aceite de bom grado por todas as comunidades. O mundo de feitiçaria criado por J. K. Rowling chegou a ser banido de algumas escolas nos Emirados Árabes Unidos, que o consideravam um incentivo à bruxaria. No Ocidente, a coleção também foi alvo de protestos, mais concretamente por parte de instituições conservadoras no Brasil e nos Estados Unidos.

6. Crepúsculo

Outro clássico da literatura moderna infanto-juvenil, a história de amor entre uma mortal e um vampiro conquistou leitores em todo o mundo. No entanto, a obra de Stephenie Meyer não escapou ao julgamento de alguns pais americanos, por falar de sexo e assuntos sobrenaturais. A saga está na quinta posição do relatório anual de livros proibidos nos Estados Unidos.

5. As Cinquenta Sombras de Grey

bestseller que vendeu mais de 100 milhões de cópias em todo o mundo provocou suspiros por Mr. Grey, mas também muita polémica. Esta trilogia assinada por E. L. James foi banida de muitas estantes nos estados de Flórida, Geórgia e Wisconsin, nos Estados Unidos, bem como no Brasil, devido ao teor sexual e apelo à violência e ao sadomasoquismo.

4. As Aventuras do Capitão Cuecas

O livro foi escrito por Dav Pilkey e publicado pela primeira vez em 1997. A história do bebé que enfrenta o mundo apenas munido de cuecas e uma capa é uma das mais lidas do género infantojuvenil, mas também um dos livros mais banidos e censurados dos últimos anos nos Estados Unidos. Tudo devido ao receio de as crianças replicarem os comportamentos rebeldes da personagem, bem como à linguagem, considerada inadequada para a faixa etária a que os livros se dirigem.

3. Antologia da Poesia Erótica e Satírica

O teor sexual dos textos da autora portuguesa, Natália Correia, causou controvérsia, e só muito tempo depois viria a ser reconhecido o seu valor. Em 1965, altura em que foi lançado, o livro foi apreendido e julgado em Tribunal Plenário como “ofensivo do pudor geral, da decência e da moralidade pública e dos bons costumes”.

2. Admirável Mundo Novo

Esta distopia escrita por Aldous Huxley  e publicada em 1932, fala de um mundo marcado por governos autoritários, questionando o futuro da humanidade à luz dos avanços científicos. Aqui, os seres humanos são programados em laboratório e a felicidade só existe através de uma pílula, chamada Soma. Este incentivo ao uso de drogas, aliado à promiscuidade sexual, levou o livro a ser banido das bibliotecas municipais americanas.

1. 1984

Quando esta crítica de George Orwell aos regimes totalitários e às demonstrações excessivas de poder foi publicada, em 1948 – decorria já a Guerra Fria –, foi imediatamente censurada nos Estados Unidos, por ser considerada pró-comunismo. Em contrapartida, na União Soviética, foi banida por ir contra o regime de Estaline.