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10 momentos mais marcantes para música Brasileira

No Brasil, a música é uma das mais importantes manifestações da Arte e da Cultura nacional. A música brasileira é respeitada e apreciada nacional e internacionalmente. A música do Brasil reflete a diversidade cultural do país. Tendo nomes e estilos que fazem parte da história da música. O que mais chama a atenção é a diversidade de músicas que surgem e se transforma em novas tendências musicais e ritmos que também se renovam, mas o que nunca muda na é a criatividade musical que se encontra só território brasileiro

A música popular brasileira cresceu significativamente apenas no final do século XVII e durante o século XVIII, com o aparecimento dos primeiros centros urbanos. Assim foram nascendo a mistura de ritmos e surgindo os grandes poetas e musicistas que o nossa país contempla até hoje.

Confira agora os 10 momentos mais marcantes para a Música Brasileira

Por: Barbara Zani 

10- 1910 – Ernesto Nazareth escreve o chorinho “Odeon”

O Choro foi uma das primeiras manifestações da música popular a conquistar as metrópoles brasileiras. Os pioneiros do estilo foram Chiquinha Gonzaga, Anacleto de Medeiros e Ernesto Nazareth. Apesar da musica ter sido escrita no ano de 1910 ela so foi gravada dois anos depois na Casa Edison, A canção era uma homenagem ao cinema Odeon, onde o compositor tocou piano por um tempo. Com o passar dos anos, “Odeon” foi ganhando status e se tornou um marco para o gênero. A canção ganhou letra na década de 1940, obra de Hubaldo Mauricio. Na década de 1960, Vinicius de Moraes fez outra letra, dando nova vida à criação melódica de Ernesto Nazareth.

9- 1916 – É registrado o primeiro samba, “Pelo Telefone”

Em Novembro de 1916, o registro de “Pelo Telefone” na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, oficializava o nascimento do ritmo que ainda identifica o Brasil no mapa-múndi musical. A autoria do primeiro samba da história é controvertida, embora ele seja creditado ao compositor Donga e ao jornalista Mauro de Almeida.

8- 1939 – Carmen Miranda estreia na Broadway

Carmen Miranda foi contratada para atuar no musical Streets of Paris, nos Estados Unidos. Com o Bando da Lua, a cantora fez sua estreia na Broadway em 19 de junho de 1939 e se transformou, na Brazilian Bombshell. Na sequência, uma série de filmes em Hollywood propagou para o mundo a imagem de baiana estilizada que se tornaria eternamente associada ao canto de Carmen, a primeira voz brasileira a extrapolar as fronteiras nacionais.

7-1942 – “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso, ganha o mundo

Em 1942, os estados Unidos estavam empenhados em usar artistas para angariar aliados na guerra contra a Alemanha, em campanha conhecida como “política da boa vizinhança”. Coube a Walt Disney estreitar laços com o Brasil, incluindo na animação Saludos Amigos o segmento Watercolor of Brazil, em que aparece pela primeira vez o personagem Zé Carioca.

6- 1953 – Johnny Alf anuncia a bossa nova

O cantor e letrista Johnny Alf estudou piano clássico, mas se interessa muito pela música popular brasileiro. A maior parte de sua carreira aconteceu em casas noturnas entre o Rio de Janeiro e São Paulo. “Eu e a Brisa” gravada pela cantora Márcia em 1967 foi seu grande sucesso. Tom Jobim o admirava muito e o chama de “Genialf”. Duas canções que ele compôs em 1953 podem ser consideradas pioneiras. O nome da bossa nova: “Céu e Mar” e “Rapaz de Bem”. Nessa época, a modernidade de “Rapaz de Bem” aparecia nas letras de forma coloquial, com canto pinyin e harmonia ousada, até 1958 com João Gilberto em “Chega de Saudade” restaurada. Johnny Alf e outro pioneiro Dick Farney previram muitos benefício

5-1962 – Vinicius de Moraes e Tom Jobim

Junto nasce o hino da musica popular Brasileira eles escreveram “Garota de Ipanema”. Sentados em um bar chamado de ” Bar Veloso” lá sempre viam uma linda adolescente passando a caminho da praia e da escola. Inspirada em Helô Pinheiro, nasceu o hit “Garota de Ipanema”. Mas não escreveram a música no bar – Jobim e Vinicius escreveu a letra e a melodia em casa. A música foi terminada a tempo de ser apresentada na histórica boate Bon Gourmet, que reuniu Jobim, Vinicius, João Gilberto e Os Cariocas. Em janeiro de 1963, Pery Ribeiro e Tamba Trio gravam em disco. Em breve, “Garota de Ipanema” se tornou a canção brasileira mais famosa de todos os tempos.

4- 1967 – O III Festival da MPB da TV Record muda tudo

Teatro Paramount transmitiram no dia 21 de outubro de 1967 as históricas atuações de Caetano Veloso com Beat Boys (apresentando “Alegria Alegria”), Gilberto Gil com Mutantes (“Domingo no Parque”), Chico Buarque com MPB4 (“Roda Viva”), Roberto Carlos (“Maria, Carnaval e Cinzas”) e Edu Lobo com Marília Medalha (com “Ponteio”, a música que saiu vencedora). De quebra, Sergio Ricardo destruiu o violão em “Beto Bom de Bola” depois que a plateia o recebeu com fortes vaias e não o deixou cantar.

3- 1968 – Sai o revolucionário Tropicalia ou Panis et Circencis

O resultado foi o disco manifesto Tropicalia ou Panis et Circencis, de julho de 1968, com a participação de Gil, Caetano Veloso, Nara Leão, Tom Zé, Mutantes e outros. Na revolução do tropicalismo valia tudo: misturar a vanguarda com o tradicional, o erudito com o popular, e o regional com o urbano, mas, no final, a cara tinha que ser bem brasileira.

2-1968 – Geraldo Vandré irrita os quartéis com “Caminhando”

Ao final da etapa nacional do III Festival Internacional da Canção, em 1968, o público tinha como favorito Geraldo Vandré com a canção ”Caminhando”  porém a canção não levo o premio e ficou em segundo lugar. “Sabiá”, de Chico Buarque e Tom Jobim, ficou em primeiro lugar. Independentemente da classificação, após a primeira publicação, “Caminhando” entrou no índice da ditadura da época e  foi banida e lançada apenas 11 anos depois. Em 1968, foi marcado por manifestações estudantis devido ao decreto AI-5, fortalecimento do regime, perseguições, prisões e mortes no Brasil. Geraldo Vandré, que tinha como alvo o regime, exilou-se no Chile e só voltou em 1973.

1- 1971 – Chico Buarque dribla a censura com as composições do disco Construção

A ditadura brasileira considera Chico Buarque de Hollanda um “potencial subversivo” que merece atenção. Chico previu que seria pior. Ficou 15 meses no exílio e morou em Roma de 1969 a 1970. Na capital italiana, sobreviveu participando de programas de TV e apresentações. Depois de voltar ao Brasil, continuou a ser agredido pela censura, mas de forma sutil conseguiu colocar no mercado materiais de insatisfação com o regime. Em 1971, Chico lançou o simples e compacto “Embora Você”, que era uma espécie de crítica inclinada ao governo. No mesmo período, no mesmo período, registrou o LP mais icônico da carreira, Construção, um manifesto sobre o contra as mazelas do Brasil e o “milagre brasileiro” sob o governo militar.