Covid-19: Há mais de quatro semanas, 202 municípios goianos não registram mortes, diz SES

Goiás vive hoje um dos melhores cenários epidemiológicos desde o inicio da pandemia de Covid-19. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES), ao menos 202 municípios goianos não registram óbitos pela doença há mais de quatros semanas, cenário diferente do vivenciado há alguns meses quando o estado estava enfrentando o pico da doença e chegou a registrar 200 óbitos diariamente.

A Superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, explica que não só os óbitos estão em baixa, como também a transmissão do vírus que apresenta queda desde agosto. Ela diz, inclusive, que o cenário é um reflexo do avanço da vacinação, em Goiás. Ainda de acordo com Flúvia, cerca de 72% da população em geral foi vacinada com a primeira dose da vacina contra a Covid-19, enquanto que 53% da população está com o esquema vacinal completo.

“O observatório da FIOCRUZ soltou um boletim que mostra a estimativa para as próximas três até seis semanas. Em Goiás a tendência é continuar em queda. Hoje a gente vive essa queda, principalmente em óbitos. Há mais de quatro semanas mais de 200 municípios não registram mortes. Isso mostra uma evolução positiva da doença. Os casos graves também seguem em queda. A ocupação das Unidades de Terapia Intensivas (UTI´S), por exemplo, estão com uma taxa de ocupação entre 20% e 25%”

Flexibilização

Para Flúvia, a desativação de leitos de UTI destinados a pessoas infectadas com o vírus é uma prova do avanço do estado no combate à Covid-19. O Hospital de Campanha para Enfrentamento ao Coronavírus de Goiânia (HCamp), referencia no tratamento contra à Covid-19, por exemplo, será convertido em Hospital Estadual da Criança em dezembro deste ano. A unidade de saúde será convertida devido a queda na quantidade de casos de pacientes com Covid-19 internados na unidade.

Entretanto, a superintendente alerta que novas ondas podem surgir assim como ocorrido em países europeus. Flúvia diz que a população precisa se prevenir, assim como as cidades que não devem cometer erros como liberar o uso de máscaras sem que ao menos 70% da população esteja totalmente imunizada.

“Não só o estado, mas o país pode viver uma nova onda. Nós vimos isso em outras ondas, tanto neste ano quando no ano anterior. Quando aumenta na Europa, acaba aumentando no Brasil um tempo depois. A gente vem discutindo isso, que sirva de alerta para que não cometemos os mesmos erros. Muitos destes países europeus acabaram flexibilizando e desobrigando o uso de máscara de uma forma muito precoce, e agora estão tendo que retroceder. A gente não deve cometer esse erro, e sim ampliar a nossa cobertura vacinal o mais rápido possível.”

Uso de máscara

Ainda de acordo Flúvia, ainda não há previsão de quando será liberado o uso de máscaras em locais abertos no estado. Entretanto, os municípios tem autonomia para liberar o uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI). São Luiz de Montes Belos, por exemplo, liberou o uso do EPI em locais abertos há cerca de uma semana.

“Hoje, 25 municípios estão com a cobertura vacinal da população completa acima de 70%. Ou seja, esses munícios poderiam liberar o uso da máscara. No entanto, temos apenas uma cidade registrada que flexibilizou o uso das máscaras que é São Luiz de Montes Belos”, concluiu.

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Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens

A taxa de desemprego entre as mulheres ficou em 7,7% no terceiro trimestre deste ano, acima da média (6,4%) e do índice observado entre os homens (5,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, o índice de desemprego das mulheres foi 45,3% maior que o dos homens no terceiro trimestre do ano. O instituto destaca que a diferença já foi bem maior, chegando a 69,4% no primeiro trimestre de 2012. No início da pandemia (segundo trimestre de 2020), a diferença atingiu o menor patamar (27%).

No segundo trimestre deste ano, as taxas eram de 8,6% para as mulheres, 5,6% para os homens e 6,9% para a média. O rendimento dos homens (R$ 3.459) foi 28,3% superior ao das mulheres (R$ 2.697) no terceiro trimestre deste ano.

A taxa de desemprego entre pretos e pardos superou a dos brancos, de acordo com a pesquisa. A taxa para a população preta ficou em 7,6% e para a parda, 7,3%. Entre os brancos, o desemprego ficou em apenas 5%.

Na comparação com o trimestre anterior, houve queda nas três cores/raças, já que naquele período, as taxas eram de 8,5% para os pretos, 7,8% para os pardos e 5,5% para os brancos.

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

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