McDonald’s pode ser multado em R$ 10 milhões por vender sanduíche de picanha sem o ingrediente em Goiânia

A rede de fast food McDonald’s, foi notificada pelo Programa de Defesa do Consumidor de Goiânia (Procon) por publicidade enganosa, após anunciar que os sanduíches da linha McPicanha, lançados pelo restaurante no último dia 5, não têm o item na composição, apenas um molho com “aroma natural de picanha”. A notificação foi realizada nesta quinta-feira (28).
Para o órgão, a nova linha de hambúrgueres que vinha provocando dúvidas nos consumidores, não deixa claro quais tipos de carne compõem o sanduíche. O órgão diz que a única informação passada para os clientes é que o “Novo Picanha Salada Bacon” é “um delicioso hambúrguer feito com carne 100% bovina, suculento e saboroso, com alface, cebola, nosso bacon crocante, queijo cheddar, maionese sabor picanha e pão estilo brioche.”
Agora, a rede McDonald’s terá um prazo de 20 dias para fornecer explicações sobre a publicidade enganosa, e quais medidas a empresa adotou para sanar as dúvidas do consumidor sobre a composição do sanduíche. Caso o restaurante não apresente as respostas para o Procon dentro da data estipulada, ela poderá ser multada em até R$ 10 milhões.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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