O mais recente aumento de casos e óbitos de covid em Goiás não deve tornar o uso da máscara obrigatório novamente por enquanto. A decisão ainda não está sendo discutida pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), que é a pasta responsável por emitir orientações técnicas para as instituições públicas e privadas goianas.
O assunto voltou à tona após a suspensão das aulas em um colégio particular da capital devido a um surto de Covid-19 entre alunos. Algumas unidades escolares privadas estão, inclusive, reforçando a necessidade de uso de máscara e higienização das mãos. Desde março, a utilização do equipamento de proteção é facultativa, segundo nota técnica emitida pela Saúde estadual.
A SES-GO segue recomendações da Sociedade Brasileira de Infectologia que prevê o uso do item para indivíduos sintomáticos ou pessoas que estejam potencialmente em contato com transmissores, não-vacinados contra a COVID-19 ou que receberam menos de três doses, imunossuprimidos, pessoas com idade maior que 60 anos, gestantes, em locais fechados com aglomeração frequente, em locais abertos com aglomeração e em serviços de saúde.
Questionada pela reportagem do Diário do Estado, a pasta reconheceu a possibilidade de novos surtos de doenças virais, como Covid e Influenza. “Está relacionada a pessoas desprotegidas, ambientes fechados e indivíduos doentes. A recomendação permanece sendo o afastamento dos indivíduos sintomáticos, o incentivo à vacinação e o reforço de cuidados sanitários”, informaram. O Conselho Estadual de Educação foi procurado, mas não retornou as ligações até o fechamento desta edição.
O retorno da obrigatoriedade, considerando o atual cenário epidemiológico, foi adotada pela organização do Festival Internacional de Vídeo e Cinema Ambiental (Fica). A adesão segue decreto municipal determinando o uso de máscara em locais fechados em vigência desde o dia 20 de maio. O estado tem mais de 1,3 milhão de casos de Covid contabilizados e 26.598 óbitos confirmados, o que significa uma taxa de letalidade de 1,96%. Em duas semanas, entre 30 de abril e 17 de maio, o registro de pessoas com a doença saltou de 195 para 1.779.