Deputado Pastor orienta Dallagnol a fugir do País: “vingança em andamento”

Dallagnol

O deputado pastor Marco Feliciano (PL-SP) aconselhou o agora colega parlamentar cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) a se refugiar em outro país. A estratégia seria uma forma de fugir de pagamento de multas e de perseguição política. O ex-procurador pode ter de pagar R$ 3 milhões referente ao ressarcimento de custos de diárias, passagens e gratificações dentro do processo da Lava Jato.

 

“Busque asilo político em um país onde a democracia seja plena. Você tem documentos de sobra para justificar o pedido. Já tomaram seu mandato, irão dilapidar seu patrimônio. Há um processo de vingança em andamento. E logo depois de você, serão outros”, afirmou o deputado Feliciano.

 

Pelas redes sociais, Dallagnol havia publicado mais cedo um vídeo questionando “onde está a justiça no Brasil?”. Ele alega que não autorizou gastos com a investigação e apontou que a inocência da Justiça Federal já foi reconhecida em primeira instância. O ex-deputado afirmou estar “revoltado” e indica que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu deliberadamente as decisões anteriores para permitir o avanço do procedimento de cobrança do Tribunal de Contas da União (TCU).

 

“O TCU quer acabar com patrimônio de quem combateu a corrupção”, declarou Dallagnol, reforçando que a Lava Jato conseguiu recuperar R$ 15 bilhões.

 

A Operação Lava Jato foi uma das maiores iniciativas de combate à corrupção e lavagem de dinheiro da história recente do Brasil. O trabalho começou em março de 2014. Na época, quatro organizações criminosas que teriam a participação de agentes públicos, empresários e doleiros passaram a ser investigadas perante a Justiça Federal em Curitiba. A operação apontou irregularidades na Petrobras, maior estatal do país, e contratos vultosos, como o da construção da usina nuclear Angra 3. 

 

A investigação foi marcada por troca de acusações de uso político e inconsistências jurídico-processuais. Um dos principais acusado no processo foi o atual presidente Lula, que ficou preso por quase dois anos. O juiz Sérgio Moro liderava o caso, ganhou notoriedade a abandonou a magistratura para arriscar carreira política. Foi ministro da Justiça do governo Bolsonaro, saiu criticado e apontando problemas. Ele foi eleito no ano passado senador pelo União Brasil do Paraná. 

 

Dança das cadeiras

 

Deltan Dallagnol foi cassado em maio pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por ter pedido exoneração do cargo de procurador da República para se eximir de um processo disciplinar que poderia torná-lo inelegível. A decisão foi confirmada por meio de votação na Câmara dos Deputados. A vaga dele será assumida pelo ex-deputado federal Luiz Carlos Hauly , também do Podemos.

 

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Piloto de F1 Yuki Tsunoda fica detido na imigração dos EUA por três horas e quase perde o GP de Las Vegas

Yuki Tsunoda, piloto da equipe RB na Fórmula 1, enfrentou um imprevisto bastante inusitado antes de participar do GP de Las Vegas neste fim de semana. O japonês foi detido na imigração dos Estados Unidos por cerca de três horas, correndo o risco de ser mandado de volta ao Japão e perder a corrida. O motivo? O agente da imigração não acreditou que ele fosse um piloto de F1, pois estava de pijama.

Tsunoda, que já havia estado nos EUA recentemente para o GP de Austin, no Texas, e para o de Miami em maio, explicou que não compreendeu o motivo da parada, já que estava com toda a documentação correta. “Estava de pijama, então talvez eu não parecesse um piloto de F1. Durante a conversa, até me perguntaram sobre o meu salário, o que foi desconfortável. Eu não conseguia dizer nada e senti muita pressão”, comentou o piloto.

O japonês revelou que, mesmo com a documentação adequada e o visto, não foi permitido que ele ligasse para sua equipe ou para a Fórmula 1 para esclarecer a situação. “Eu queria ligar para a equipe ou para a F1, mas na sala da imigração não podia fazer nada”, explicou. Felizmente, a situação foi resolvida após intensas conversas, e Tsunoda conseguiu entrar no país a tempo de disputar o GP.

Este episódio ilustra os desafios que os pilotos enfrentam com a imigração nos Estados Unidos, especialmente desde que a Fórmula 1 passou a ter mais de um evento no país a partir de 2022. Com isso, casos envolvendo contestação de vistos e documentação começaram a se tornar mais frequentes, colocando em risco a participação dos competidores em corridas como o GP de Las Vegas. Tsunoda, no entanto, destacou que a experiência ficou para trás e agora está focado na disputa da corrida.

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