O réu Adriano Vicente de Souza, conhecido como Niquita, será submetido a júri popular pelo feminicídio de sua companheira, Deocleciana Mendes Alves. O crime aconteceu em 3 de outubro de 2016, quando ele disparou contra a vítima em uma rua do Residencial Eli Forte, em Goiânia. Ele foi denunciado pelo promotor de Justiça Maurício Gonçalves de Camargos.
A decisão, proferida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, apontou que a denúncia demonstra a materialidade do crime e os indícios de autoria, requisitos necessários para a pronúncia. Conforme apurado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), réu e vítima mantinham uma união estável por cerca de quatro anos.
Ambos eram usuários de drogas e traficantes, motivo pelo qual foram presos no município de Palmeiras de Goiás, onde residiam. Ocorre que a vítima passou a cumprir pena em regime semiaberto, enquanto Adriano Vicente manteve-se encarcerado. Fora do presídio, ela envolveu-se afetivamente com outro homem, motivo pelo qual o denunciado passou a ameaçar de morte Deocleciana, que relatou a situação aos seus familiares.
Fuga e disparos em via pública
Narra a denúncia que, na noite de 1º de outubro de 2016, o denunciado fugiu do presídio de Palmeiras de Goiás. No dia seguinte, Deocleciana saiu da casa na qual morava com a mãe do acusado e fugiu para Goiânia, certa de que ele cumpriria as ameaças.
No dia 3 de outubro, por volta das 5h52, Adriano Vicente viu a vítima na Rua EF10, no Residencial Eli Forte, e disparou contra a então companheira, que morreu no local.
Na fuga, ele roubou um veículo e, em seguida, praticou um roubo na cidade de Trindade, onde foi preso e autuado em flagrante. Ele foi detido na posse de uma arma de fogo do mesmo calibre daquela usada para matar Deocleciana.