BA: Filho é suspeito de matar a própria mãe e decepar mão para sacar dinheiro

O filho, de 21 anos, foi preso pela polícia e, agora, está à disposição da Justiça 

Um caso chocante de assassinato de uma mulher de 58 anos foi descoberto no último sábado, 20, em Salvador, estado da Bahia. Segundo informações da polícia, o principal suspeito do crime é o próprio filho da vítima, José Natan dos Santos Carvalho, de 21 anos.

O corpo de Sandra Maria dos Santos Carvalho foi encontrado em estado avançado de decomposição em sua residência, no bairro de Valéria. O odor forte que emanava do local levou os vizinhos a alertarem as autoridades.

Suspeita-se que José Natan tenha assassinado a mãe a golpes de faca. De forma macabra, o filho teria decepado uma das mãos dela com a intenção de utilizar para sacar dinheiro em um caixa eletrônico.

A descoberta do crime ocorreu quando José Natan foi até a casa de uma prima em busca de dinheiro. O filho disse que precisava do dinheiro para uma viagem. Ao ser questionado sobre sua mãe, ele não conseguiu fornecer uma resposta satisfatória. Desconfiada, a prima se direcionou até à casa da tia e a acionou a polícia.

Homens da 31ª Companhia Independente da Polícia Militar da Bahia realizaram a prisão e o apresentaram no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). José Natan foi preso em flagrante e passou por exame de corpo de delito. Ele permanece à disposição da justiça para responder pelo crime hediondo que chocou a comunidade.

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Ministro do STJ diz que autismo é ‘problema’ e que clínicas são ‘passeios’

Na última sexta-feira, 22, durante um evento em São Paulo, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Antônio Saldanha, fez declarações polêmicas sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Saldanha afirmou que o autismo é um “problema” e que as clínicas especializadas em tratamento promovem “passeios na floresta” para as crianças.
“Para os pais, é uma tranquilidade saber que o seu filho, que tem um problema, vai ficar de 6 a 8 horas por dia em uma clínica especializada, passeando na floresta. Mas isso custa,” disse Saldanha durante o Fórum Nacional do Judiciário para a Saúde. Essa comparação gerou forte reação entre os presentes e na comunidade autista.
 
A advogada Aline Plentz, que coordena um grupo que luta pelos direitos de pessoas autistas na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Jabaquara (SP), se sentiu ofendida pelas palavras do ministro. “Eu, como mãe de um autista, me senti totalmente ofendida. Não é uma tristeza ter uma pessoa com deficiência na família. Tristeza é ter um ministro nos representando e ter uma fala tão infeliz como esta,” destacou.
A promotora de Justiça do Amapá, Fábia Nilci Santana de Souza, também criticou as declarações de Saldanha. “Foi muito infeliz a fala, quando ele mencionou que, aos pais, era muito cômodo encaminhar os filhos para uma clínica, para ficarem 6 ou 8 horas. Eu tenho um filho autista de 17 anos, ele sofre por isso, a família sofre. E não existe a família ficar feliz quando tem um filho com transtorno que sofre discriminação, sofre exclusão,” disse.

Crítica à Lei Romário

Durante a palestra, transmitida no canal do YouTube do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Saldanha criticou a Lei Romário, que instituiu critérios para que beneficiários de planos de saúde possam solicitar a cobertura de procedimentos não incluídos no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). “Essa Lei 14.454, chamada de Lei Romário, porque o senador Romário foi indicado como relator. Não por acaso, mas ele tem um filho com problemas de cognição, uma filha, não sei bem… É uma lei que abriu, não fala em medicina baseada em evidência, ela fala o seguinte: se vier um laudo técnico, tem que conceder [tratamento],” explicou.
Saldanha também afirmou que “qualquer um” pode ter “fator de autismo”. “Então, crianças que estão dentro do espectro, Transtorno do Espectro Autista, que é uma abrangência, o autismo pode ser, qualquer um de nós pode ter um fator de autismo, qualquer um de nós, acredito que eu, deva ter também, mas é um espectro enorme e começaram a brotar clínicas de autismo.”
 
O autismo, segundo o Ministério da Saúde, é um problema no desenvolvimento neurológico que prejudica a organização de pensamentos, sentimentos e emoções. As características incluem dificuldade de comunicação, socialização e comportamento limitado e repetitivo. Os sinais de alerta surgem nos primeiros meses de vida, mas a confirmação do diagnóstico costuma ocorrer aos dois ou três anos de idade.

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