A notícia de que um homem abusou sexualmente de uma criança, de 7 anos, em Goiânia, é falsa. A informação foi divulgada em peso por sites de notícias, além de emissoras de rádio e televisão, na tarde desta terça-feira (19). O até então suspeito foi preso no início da tarde, após ser acusado pela babá da menor de abusar sexualmente da menina. Porém, ele foi inocentado ainda nesta tarde pela Polícia Civil (PC).
A babá, que está há 12 dias olhando a criança e o seu irmão, de 11 anos, teria criado uma versão fantasiosa, induzindo as crianças a acreditarem que a menina foi abusada pelo amigo da mãe. Para o delegado responsável pelo caso, Wesley Silva, nenhuma das imagens coletadas pela investigação apontou atos sexuais entre o homem e a criança. Além disso, as pessoas ouvidas também disseram não ter testemunhado nenhum crime sexual contra a menor.
“As imagens mostram o homem brincando com a menina, apertando seu braço, sem tocar em nenhuma parte íntima. Exames também foram realizados e comprovaram que não houve nenhum tipo de abuso. Além disso, as crianças possuem um afeto muito grande pelo homem. Toda a história foi inventada pela babá, que inclusive, sofre de transtornos mentais. A mulher também já tem passagens policiais anteriores por fatos semelhantes, ao criar histórias fantasiosas”, explicou.
Proteção
Wesley explica que a mulher inventou a história porque não gostava do homem e por isso resolveu ligar para o pai das crianças que mora em outro estado, alegando que a menina estava sofrendo abuso e que queria a proteger. Ele diz ainda que um processo será aberto para apurar a divulgação das imagens das crianças e do homem, já que a divulgação de imagens envolvendo crianças configura crime.
“Ela é conhecida por gerar esses conflitos familiares. Acabou colocando na cabeça do mais velho que ele tinha que proteger a irmã. Ela deve ser indiciada, ao fim do inquérito, pelo crime de denunciação caluniosa, podendo pegar uma pena de dois a oito anos de prisão. Vamos abrir um processo para investigar quem vazou essas imagens que mostram a criança e o homem. As pessoas que divulgaram esses vídeos devem ser responsabilizados”, concluiu.