Briga judicial atrasa reforma do antigo Banana Shopping; incêndio não foi intencional

Banana Shopping

Os estragos causados pelo incêndio no último andar do antigo Banana Shopping, no último dia 4 de abril, ainda não foram reparados. Uma briga judicial impede o início da reforma do local, que teve apenas parte da estrutura metálica em Itatiba do telhado retirada. A Defesa Civil de Goiânia faz visitas periódicas ao prédio para acompanhar a estrutura e conferir se há movimentação de operários da construção civil. A investigação policial aponta para problemas no sistema de combate às chamas.

Uma fonte da Defesa Civil afirma que a própria instituição foi citada no pedido judicial feito pelo responsável da galeria de suspensão de qualquer reforma, por isso estão acompanhando a situação do prédio do antigo Banana Shopping e impedindo intervenções infraestruturais. A solicitação ao Tribunal teria sido necessária para a realização de uma perícia particular custeada pela empresa responsável pelo cinema.

Alguns funcionários da construção civil chegaram a começar o trabalho no local após a decisão, mas integrantes da corporação esclareceram a situação e os fizeram assinar um documento comprovando os esclarecimentos, além de pedirem a interrupção da atividade.

Segundo a delegada Jocelaine Braz, o inquérito ainda não foi concluído. “Não temos como comprovar o incêndio doloso, mas vislumbramos o incêndio culposo. O Certificado de Conformidade do Banana Shopping estava ok”, afirma. Ela diz que o Corpo de Bombeiros chegou a enviar um laudo próprio, porém decidiu fazer questionamentos acerca das conclusões apontadas. As respostas não foram enviadas até o momento e não há prazo de devolutiva. 

A apuração para possíveis falhas na atuação profissional dos responsáveis por manutenções preventivas e pelas instalações de combate a incêndio e ainda a avaliação estrutural está sendo realizada pelo Conselho Regional de Agronomia e Engenharia de Goiás (Crea-GO). A assessoria de imprensa da instituição informou à reportagem do Diário do Estado que o processo foi encaminhado para o analista do Conselho para análise da documentação apresentada, mas ainda não foi produzido um relatório para ser apresentado e não há prazo final.

A assessoria do Cinex, empresa locatória do andar do prédio cujo dono é a Elmo Engenharia, confirmou que não há reforma no espaço e não há previsão de início. A reportagem pediu confirmação da autoria do pedido de suspensão de reforma e a resposta foi “não confere”. O proprietário do cinema, Adriano Oliveira afirma que continua sem novidades sobre a reinauguração. Procurado, o gerente administrativo da Elmo, Vinícius Castro, informou que não tem autorização para passar informações sobre o incêndio.

O CineX investiu R$5 milhões na galeria. Oliveira confirmou após incêndio que três das cinco salas foram completamente atingidas pelas chamas enquanto uma queimou parcialmente e apenas uma ficou intacta. A cafeteria em homenagem ao artista plástico Siron Franco também não foi atingida. Uma das hipóteses é que o fogo tenha começado no cinema. À época, alguns bombeiros que participaram do combate às chamas apontaram a dificuldade no trabalho porque não encontravam fontes de água na região e não havia equipamentos de prevenção e combate às chamas.

Na data, há quatro meses, uma fumaça preta podia ser vista a quilômetros de distância e assustou quem passava pela região do centro de Goiânia. O trânsito teve de ser interrompido e o local evacuado.  Não houve vítimas. Além do prédio onde funcionava o shopping,  um edifício foi atingido. Moradores disseram que a fiação dos chuveiros e o telhado foram consumidos devido às altas temperaturas.

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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