Cidade de Goiás mantém restrições de aglomeração e toque de recolher

A cidade de Goiás manterá as medidas restritivas para tentar conter o avanço da variante ômicron. Desde 12 de janeiro está em vigor um decreto da prefeitura que impõe toque de recolher, proíbe eventos públicos e privados e restringe horário de comércio. A determinação se encerraria ontem, quarta (26), mas seguirá até 09 de fevereiro.

A novidade é a proibição de ensaio de escolas de samba já que não haverá carnaval na cidade de Goiás. Assim como no documento anterior, a população deverá ficar confinada em casa entre 1 hora e 6 horas da manhã. No mesmo horário é proibido o funcionamento de bares e restaurantes e a venda e consumo de bebida alcoolica na rua. A exceção para atendimento são os restaurantes e lanchonetes em postos de combustíveis, que podem funcionar 24 horas.

“Levando em consideração que ainda há um alto número de contágio de coronavírus aqui no município de Goiás e que também os leitos da UTI do Hospital São Pedro estão todos ocupados nós decidimos então manter as restrições do decreto anterior”, afirmou o prefeito da cidade, Anderson Gouvea.

Hotéis e pousadas tiveram a capacidade de ocupação reduzida para 70% do total. Conforme o texto, também estão proibidas apresentações artísticas, reuniões públicas e privadas presenciais com aglomeração, entendidas pela prefeitura como encontros acima de quatro pessoas.

Segundo o decreto, as multas variam entre R$110, para quem for flagrado na rua sem máscara de proteção facial, até R$3,3 mil para os estabelecimentos que descumprirem o decreto, inclusive com a interdição do local por seis meses.

Além da cidade de Goiás, o Carnaval 2022 foi cancelado em Goianésia, Pirenópolis e São Simão onde não haverá programação oficial da festa.

Ômicron

Goiás foi o segundo município do estado a retomar medidas de restrição de circulação de pessoas por causa da variante ômicron. A primeira foi Senador Canedo onde a ocupação de estabelecimentos comerciais, igrejas, academias, bares e restaurantes foi limitada a 50% da capacidade total.

 

 

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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