Começam a valer novas regras de lotação para estabelecimentos comerciais, religiosos e de lazer em Goiânia

Nesta quarta (16) começaram a valer as novas regras de funcionamento de estabelecimentos comerciais de Goiânia. A partir de agora, limite de público é de 80% da capacidade de bares, restaurantes, shoppings, igrejas e casas de espetáculo. Especialmente no caso das celebrações religiosas será necessário intervalo de uma hora entre a programação para desinfecção do local. O decreto municipal também autoriza música ao vivo e funcionamento de brinquedoteca.

A alteração foi possível devido ao atual cenário da pandemia da capital. A presença de público superior ao percentual determinado pelo documento dependerá de autorização da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que poderá considerá-lo “Evento Teste” após avaliação dos protocolos sanitários a serem cumpridos.

“Após dois anos de pandemia, o cenário epidemiológico nos permite avançar, um pouco mais, em direção à normalidade. Mas os cuidados permanecem, e contamos com a colaboração de toda a população, assim como dos segmentos que foram flexibilizados. A soma de esforços de todos os goianienses nos trouxe até aqui e, juntos, vamos vencer a pandemia”, destaca o prefeito, ao comentar que o novo decreto passa a vigorar já na data de sua publicação.

De maneira geral, as novas determinações são limitação de 80% de ocupação da capacidade máxima, autorização de apresentação de música ao vivo e de utilização de som mecânico, durante todo o período de funcionamento, retorno do uso de brinquedoteca e permissão do funcionamento de boates e congêneres, com pista de dança, limitado à ocupação de no máximo 80% do espaço, respeitados os protocolos estabelecidos pela SMS.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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