Uber adota PIX como forma de pagamento

Alguns usuários do Uber já estão liberados para acessar a nova forma de pagamento adotada pela empresa. A partir deste mês de maio, o aplicativo oferece a modalidade de pagamento via Pix. A novidade deve estar disponível para todos até o próximo mês de junho. Os testes começaram em novembro do ano passado para corridas feitas em Curitiba e em Recife. 

A funcionalidade ocorre de forma pré-paga, ou seja, o interessado em solicitar uma viagem acessa o aplicativo, seleciona o trajeto e escolhe o pagamento via Pix e será aberta uma página com um código que deverá ser colado no aplicativo do banco para concluir o pedido. O reembolso em caso de cancelamento da viagem deve ocorrer em até três horas.

Confirmada a transferência, um motorista é acionado e não será possível alterar a forma de pagamento em caso de mudança no destino, trânsito intenso ou uma rota diferente. Nesse caso, um novo código é gerado para pagamento via Pix e fica como saldo a pagar na Uber Wallet.  O valor segue direcionado para a plataforma e não para o condutor do veículo.

O Pix também poderá ser utilizado para criar um banco de saldo para quitação de débitos ou de crédito do Uber Cash, um sistema pré-pago da Uber para caronas e pedidos via Uber Eats, bicicletas e patinetes que permite adicionar um saldo no aplicativo. Por meio dele, o usuário pode acumular quantia sem vencimento e ainda agendar recarga automática a partir de R$ 10.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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