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Entregadores de aplicativos organizam paralisação pelo Brasil; Goiás fica de fora 

Última atualização 29/09/2023 | 13:57

Entregadores de aplicativos do Brasil organizam paralisações, nesta sexta-feira, 29, para pressionar o governo federal a regulamentar os direitos trabalhistas. A mobilização denominada como “Breque Nacional”, irá acontecer em pelo menos dez estados:  Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Os manifestantes também estão incentivando os clientes a boicotarem os principais meios delivery e não realizarem pedidos durante todo o dia.

O secretário da Aliança Nacional dos Entregadores de Aplicativo (Anea), Nicolas Souza Santos, contou que os entregadores buscam pressionar o governo por uma oposição em relação às demandas da categoria. De acordo com ele, até o momento, apenas as empresas têm exercido essa pressão.

Os representantes dos trabalhadores e das plataformas de aplicativos vêm se reunindo em Brasília desde maio para discutir a regulamentação do trabalho por aplicativos. A intenção do governo era anunciar um acordo entre as partes durante a viagem do presidente Lula aos Estados Unidos na última semana, mas não foi possível chegar a um consenso. 

No entanto, por outro lado, os representantes dos entregadores propuseram um valor de R$ 35,76 por hora trabalhada e defenderam o pagamento da “hora logada”, tempo em que o entregador estiver disponível no aplicativo. Essa reivindicação é o lema da manifestação desta sexta: “Hora logada ou nada”. 

A última oferta oficial da Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), entidade que representa empresas como iFood, Uber e 99, foi de R$ 12 para entregadores e R$ 21,22 para motoristas. A corporação argumenta que esses valores correspondem “200% do salário mínimo” e “354% do salário mínimo nacional”, respectivamente.