Estado avalia projetos para o Estádio Serra Dourada

Três consórcios empresariais habilitados pelo Governo do Estado para elaborar os projetos de reforma e modernização do Estádio Serra Dourada entregaram, em tempo hábil, os projetos com as previsões de intervenções urbanísticas e arquitetônicas a serem feitas no local – o prazo se encerrou às 23h59 de quarta-feira, 21.

Estão no páreo as empresas RNGD – Consultoria de Negócios; Consórcio Novo Serra Dourada; e Progen S.A. Por determinação do governador Ronaldo Caiado, os documentos estão sob a posse do Grupo de Trabalho (GT) liderado pelo vice-governador Daniel Vilela.

SERRA DOURADA

O GT tem até o fim de janeiro de 2024 para anunciar o modelo considerado ideal para transformar o espaço esportivo – incluindo o Ginásio Valério Luiz de Oliveira, o “Goiânia Arena” – em um complexo multiuso denominado Distrito de Esporte e Entretenimento, onde ocorrerão jogos, atividades esportivas e de lazer e feiras de negócios, além da oferta de inúmeros serviços à população e da instalação de um centro gastronômico.

Neste momento, a análise das propostas é feita exclusivamente pelo GT, que conta com integrantes das secretarias da Administração (Sead), Geral de Governo (SGG), Esportes e Lazer (Seel) e da Goiás Parcerias, mais técnicos do governo e assessores jurídicos.

Antes da elaboração do edital de licitação, prevista para o primeiro semestre de 2024, o Grupo de Trabalho dará ampla publicidade ao projeto selecionado.

O cronograma do processo inclui ainda a realização de audiências públicas. A expectativa é de que a escolha da empresa para executar o projeto ocorra no segundo semestre. A assinatura no contrato deve ocorrer ainda em 2024.

CENTRALIDADE

A principal determinação repassada pelo vice-governador Daniel Vilela às empresas que almejam repaginar o Estádio Serra Dourada e explorá-lo economicamente foi a de levarem em consideração o que arquitetos e urbanistas definem como uma nova “centralidade” em Goiânia. Ou seja, o complexo, após edificado, deve ser encarado pelos moradores da capital como um novo ponto de encontro.

O vice-governador e os integrantes do Grupo de Trabalho também elencaram outros quesitos que os grupos empresariais precisariam levar em conta, como mobilidade urbana e a construção de uma via ampla e arborizada, conhecida como “boulevard”; e de um centro administrativo, que futuramente será ocupado por servidores do Governo de Goiás.

Outro detalhe discutido foi a definição do estacionamento sul do estádio como espaço ideal para implantação de soluções imobiliárias.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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