O caso Padre Robson, desde agosto de 2020, tem apresentado reviravoltas que podem dificultar a compreensão e o acompanhamento dos trâmites jurídicos por parte do público. Após iniciadas as investigações do Ministério Público de Goiás, o caso foi trancado em 6 de outubro de 2020, por decisão da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, impedindo então o MP de seguir com as investigações.
Em novembro, o órgão público ingressou com recurso para continuar investigando o sacerdote de Trindade, e para a retomada imediata do caso. No dia 4 de dezembro, o presidente do TJ de Goiás decidiu em favor de destrancar a investigação. Então, o Ministério Público ofereceu denúncia, que foi recebida pela Justiça em 10 de dezembro de 2020, fazendo de Padre Robson o réu por suspeita de desvio de recursos da Afipe, associação que recebe dinheiro doado por fiéis de todo o Brasil.
Durante a ação penal, foi pedida a extinção do habeas corpus (quando o réu fica livre) conseguida pela defesa. Entretanto, em 18 de dezembro, o Superior Tribunal de Justiça decidiu suspender temporariamente a ação penal até que o caso fosse melhor analisado.
Ao Diário do Estado, o Ministério Público de Goiás, indagado sobre a situação atual do caso, negou que o padre foi inocentado e afirmou que o processo está apenas parado, sem declaração de inocência por não haver julgamento concluído. Em seu site oficial, o MP-GO lançou nota de esclarecimento sobre a operação em questão, a Vendilhões:
“O MP ingressará com novo recurso junto ao STJ para obter a continuidade da investigação e da ação penal contra os envolvidos. O Ministério Público de Goiás esclarece que não houve o trânsito em julgado ou mesmo o arquivamento das ações judiciais relativas à Operação Vendilhões”, diz o texto.
Em dezembro de 2020, Pedro Paulo de Medeiros, advogado do Padre Robson de Oliveira, publicou um vídeo chamando as acusações do Ministério Público, para a abertura do processo, de “as mesmas e injustas“. O padre, por sua vez, sempre declarou inocência e se disse à disposição da Justiça.