Goiás é alvo de operação contra ‘laranjas’ suspeitos de movimentar R$ 18 milhões

Goiás virou alvo de uma operação deflagrada pela Polícia Federal (PF), nesta terça-feira, 2, a fim de coibir a ação de ‘laranjas’, pessoas que cedem contas bancárias para receber dinheiro proveniente de ações criminosas. Ao todo, os agentes estão cumpriram 43 mandados de busca e apreensão em 13 estados e no Distrito Federal. A corporação acredita que os investigados movimentaram cerca de R$ 18,2 milhões.

A PF afirma que, nos últimos anos, houve um aumento considerável na participação de pessoas físicas em esquemas criminosos. Esses suspeitos emprestam as contas bancárias e, em troca, recebem parte do dinheiro adquirido pelos criminosos. Para a polícia, a participação dessas pessoas facilita os crimes envolvendo fraudes bancárias eletrônicas.

“Emprestar contas bancárias para receber créditos fraudulentos é crime, além de provocar um dano considerável aos cidadãos. Essa conduta tem sido um dos principais vetores de financiamento de organizações criminosas”, diz a corporação, em nota.

Segundo a PF, a ação é resultado do trabalho da força-tarefa Tentáculos, instituída para a repressão a fraudes bancárias eletrônicas. O grupo atua em cooperação com as polícias civis e as instituições bancárias, por meio da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Operação DF

No Distrito Federal, 32 policiais civis e federais cumpriram quatro mandados de busca e apreensão no âmbito da operação, nesta terça, nas regiões de Vicente Pires, Jardim Mangueiral, Gama e Recanto das Emas.

Segundo a Polícia Civil (PC), a ação ocorreu nas casas de pessoas que cederam contas para esquemas criminosos, e receberam, ao menos R$ 300 mil, de fraudes cometidas contra moradores de Minas Gerais e Pernambuco.

Segundo a Polícia Civil do DF, durante as buscas, foram apreendidos diversos cartões bancários, documentos bancários, aparelhos celulares e computadores. Na capital, a operação foi coordenada pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), da Polícia Civil.

Os suspeitos podem responder pelos crimes de associação criminosa, furto qualificado mediante fraude, uso de documento falso e falsidade ideológica. Somadas, as penas podem ultrapassar os 20 anos de prisão.

Ação contra ‘laranjas’ ocorreu na:

  1. Bahia
  2. Distrito Federal
  3. Goiás
  4. Maranhão
  5. Minas Gerais
  6. Mato Grosso
  7. Pará
  8. Paraíba
  9. Piauí
  10. Rio de Janeiro
  11. Rio Grande do Norte
  12. Rio Grande do Sul
  13. Santa Catarina
  14. São Paulo

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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