Última atualização 02/08/2022 | 17:21
Goiás virou alvo de uma operação deflagrada pela Polícia Federal (PF), nesta terça-feira, 2, a fim de coibir a ação de ‘laranjas’, pessoas que cedem contas bancárias para receber dinheiro proveniente de ações criminosas. Ao todo, os agentes estão cumpriram 43 mandados de busca e apreensão em 13 estados e no Distrito Federal. A corporação acredita que os investigados movimentaram cerca de R$ 18,2 milhões.
A PF afirma que, nos últimos anos, houve um aumento considerável na participação de pessoas físicas em esquemas criminosos. Esses suspeitos emprestam as contas bancárias e, em troca, recebem parte do dinheiro adquirido pelos criminosos. Para a polícia, a participação dessas pessoas facilita os crimes envolvendo fraudes bancárias eletrônicas.
“Emprestar contas bancárias para receber créditos fraudulentos é crime, além de provocar um dano considerável aos cidadãos. Essa conduta tem sido um dos principais vetores de financiamento de organizações criminosas”, diz a corporação, em nota.
Segundo a PF, a ação é resultado do trabalho da força-tarefa Tentáculos, instituída para a repressão a fraudes bancárias eletrônicas. O grupo atua em cooperação com as polícias civis e as instituições bancárias, por meio da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Operação DF
No Distrito Federal, 32 policiais civis e federais cumpriram quatro mandados de busca e apreensão no âmbito da operação, nesta terça, nas regiões de Vicente Pires, Jardim Mangueiral, Gama e Recanto das Emas.
Segundo a Polícia Civil (PC), a ação ocorreu nas casas de pessoas que cederam contas para esquemas criminosos, e receberam, ao menos R$ 300 mil, de fraudes cometidas contra moradores de Minas Gerais e Pernambuco.
Segundo a Polícia Civil do DF, durante as buscas, foram apreendidos diversos cartões bancários, documentos bancários, aparelhos celulares e computadores. Na capital, a operação foi coordenada pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), da Polícia Civil.
Os suspeitos podem responder pelos crimes de associação criminosa, furto qualificado mediante fraude, uso de documento falso e falsidade ideológica. Somadas, as penas podem ultrapassar os 20 anos de prisão.
Ação contra ‘laranjas’ ocorreu na:
- Bahia
- Distrito Federal
- Goiás
- Maranhão
- Minas Gerais
- Mato Grosso
- Pará
- Paraíba
- Piauí
- Rio de Janeiro
- Rio Grande do Norte
- Rio Grande do Sul
- Santa Catarina
- São Paulo