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Homem que matou ex-companheira em Vianópolis é condenado

O engenheiro agrônomo, Diego Henrique Lima, foi julgado nesta quarta-feira (11) pelo crime de feminicídio praticado contra sua ex-companheira, a fisioterapeuta Caillane Raquel Marinho, de 27 anos, em 2016, na cidade de Vianópolis.  O criminoso foi condenado a 18 anos e seis meses de prisão, em regime inicialmente fechado.

Diego e Caillane mantiveram relacionamento conjugal por cerca de 10 meses, marcado por crises de ciúmes e agressões verbais do denunciado. No dia do crime, por volta das 15 horas, Caillane retornou para sua casa, em um veículo Fiat Punto, e passou a conversar com o jardineiro que prestava serviço no local.

Durante a conversa, a vítima permaneceu no carro, estacionado entre a garagem e a calçada, até a chegada de Diego. O engenheiro, então, pagou pelos serviços de jardinagem e iniciou uma discussão com Caillane, que tentou sair do local e foi impedida pelo mesmo. Segundo consta, ele pressionou o controle remoto do portão, prensando o veículo da fisioterapeuta.

Instantes depois, dentro do quarto do casal, o denunciado, que é atirador filiado, sacou uma de suas armas de fogo, atirando à queima-roupa sem que a vítima percebesse. O tiro atingiu Caillane na região atrás da orelha direita. Após o disparo, ele foi até a garagem e estacionou o veículo da vítima. Em seguida, com a intenção de ocultar as provas, recolheu a mídia das câmeras de segurança e destruiu o celular da fisioterapeuta, levando consigo o chip. Depois, fugiu do local.

A vítima foi encontrada morta dentro de casa. (Foto: Reprodução/Rede Social)
A vítima foi encontrada morta dentro de casa (Foto: Reprodução/Rede Social)

Apesar de o disparo ter ocorrido no fim da tarde, por volta das 15h30, as investigações apontaram que a vítima só faleceu no final da noite, entre 21h30 e 23h30, ou seja, após longo sofrimento. Diego, por sua vez, só comunicou o crime na manhã do dia seguinte, por intermédio de um advogado. Apesar disso, o denunciado ainda apagou a página de uma rede social durante a tarde, com o propósito de dificultar o trabalho da polícia.

O MP-GO sustentou que o homem atirou contra sua companheira de forma livre e consciente, por não aceitar o fim do relacionamento, utilizou de meio cruel ao não buscar ou permitir o socorro à vítima, além de ter dificultado sua defesa ao atirar de surpresa.