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Motoristas de aplicativo em Goiás aderem à paralisação nacional nesta segunda, 15

Uma boa parte dos motoristas de aplicativo cruzará os braços para apoiar pautas da categoria. A paralisação nacional será nesta segunda, 15. A expectativa é de que 70% dos trabalhadores brasileiros do segmento interrompam o trabalho para exigir melhores condições de trabalho. Muitos profissionais acreditam que a regulamentação defendida pelo presidente Lula será positiva.

 

“Queremos melhor preço das corridas mínimas. É o mesmo há seis anos, não teve reajuste”, afirma o  representante dos profissionais por app de Goiás, Miguel Veloso. Na prática, o combo de reclamações inclui ainda redução da comissão cobrada pelas plataformas e garantia dos seguros de vida e de saúde.

 

O pagamento é feito conforme a distância do local de entrega. O valor mínimo pago chega a ser inferior a R$ 3,50, o que obriga o motorista a trabalhar até 16 horas por dia para garantir uma remuneração razoável. Além disso, o valor é considerável inviável para arcar com custos fixos, como a manutenção do veículo.

 

A conta fica ainda mais complicada ao considerar o aumento da concorrência de plataformas com o serviço e a oferta de motoristas na profissão. A Federação dos Motoristas por Aplicativo do Brasil (Fembrapp) propõe repasse mínimo de R$ 10 por corrida e de R$ 2 por quilômetro rodado.  

 

Quem aderir à paralisação, suspenderá as atividades do Uber às 4h e da 99 à meia-noite. De acordo com Miguel, Goiânia e a região metropolitana têm aproximadamente 15 mil motoristas e 950 moto Uber na ativa. No estado, eles são 35 mil motoristas e 3,5 mil moto Uber em atuação.

 

Nesta semana, o presidente Lula criou um grupo de trabalho para discutir a regulamentação trabalhista das “atividades de prestação de serviços, transporte de bens, transporte de pessoas e outras atividades executadas por intermédio de plataformas tecnológicas” e “atos normativos necessários à implementação das atividades”, consta no decreto publicado em Edição Extra do Diário Oficial da União.

 

ElE já declarou publicamente que “as empresas de aplicativos exploram os trabalhadores como eles jamais foram explorados na História”.