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Mulheres entram de cabeça e superam homens nos jogos eletrônicos

O mercado de jogos eletrônicos está em alta no Brasil. Recentemente, por exemplo, os times nacionais Imperial e FURIA estiveram presentes no PGL Major Antwerp, um campeonato mundial de Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO). No entanto, uma tendência diferente está tomando forma. Atualmente, o público feminino que consome os eSports é superior ao masculino no País.

Brasil e os jogos eletrônicos

De acordo com a 9ª edição da Pesquisa Brasil Games, cujos dados são relativos a 2021 e tiveram sua publicação em abril deste ano, o Brasil possui 51% de jogadoras e 49% de jogadores de jogos eletrônicos. Uma dessas mulheres é Júlia dos Santos Indalencio, que detém 43 títulos em campeonatos de Free Fire.

Apesar do destaque, a jogadora de 21 anos afirma que o cenário ainda é muito escasso. “O cenário feminino em si é muito apagado, porque são poucas organizações que realmente investem e dão prioridades nas equipes femininas. O foco principal das organizações é sempre os times masculinos, infelizmente”, declara. No seu caso, Júlia faz parte da categoria feminina da equipe goiana Nitroxx desde janeiro.

A Pesquisa Brasil Games entrevistou 13.051 pessoas de todos os estados, e 74,5% dessas fontes têm o hábito de jogar videogame. Esse número total é uma evolução em comparação com o ano passado, em que 72% alegaram consumir eSports.

Para Danilo Bittencourt, CEO da Nitroxx, essas porcentagens só tendem a aumentar. “As pessoas passaram a buscar diversão dentro de casa e uma opção foi o jogo eletrônico, que pode ser por console, smartphone ou computadores. A variedade de opções aliada aos diversos tipos de jogos acaba incentivando a prática”, afirma.

De acordo com Danilo, os jogos eletrônicos deixaram há muito tempo de ser apenas diversão, apesar de 76,5% das pessoas na Pesquisa Brasil Games afirmarem que esse é o principal objetivo. “É uma indústria que tem alto poder de consumo, não é só mais um joguinho”, disse ele ao DE.