Nesta terça-feira, 13, uma operação coordenada pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), Ministério Público de Goiás (MPGO) e polícias Civil e Penal resultou no afastamento do juiz Adenito Francisco Mariano Júnior da comarca de Silvânia. A operação, denominada “Dura Lex, Sed Lex”, também visou assessores, advogados e um contador associados ao magistrado.
O TJ-GO não revelou detalhes específicos sobre os crimes investigados, mas indicou que surgiram evidências de possíveis práticas de corrupção, uso de documentos falsos, fraude processual, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As apurações iniciais apontam que os filhos do juiz podem ter movimentado recursos milionários oriundos da venda de sentenças.
Como parte das medidas cautelares, a desembargadora Nelma Branco Ferreira Perilo determinou o afastamento do juiz Adenito e de dois de seus assessores, além da utilização de tornozeleira eletrônica pelos investigados. A operação incluiu buscas e apreensões em gabinetes, residências e escritórios associados, bem como o sequestro de R$ 1 milhão das contas do juiz e de um de seus filhos.
A investigação, que teve início a partir de apurações conduzidas pela Corregedoria-Geral da Justiça em parceria com o Núcleo de Inteligência do TJGO, levou à decisão do tribunal de nomear o juiz Fábio Borsato da Comarca de Goiânia para assumir temporariamente a Comarca de Silvânia. Patrícia Bretas, diretora do foro da Comarca de Goiânia, auxiliará na gestão do foro do município durante o período.
O TJ-GO e as demais autoridades envolvidas continuam a apuração para esclarecer todos os aspectos do caso e garantir a justiça.