Pacientes relatam diminuição do pênis após contagio por Covid-19

Uma pesquisa conduzida por cientistas britânicos e norte-americanos concluiu que entre os vários efeitos colaterais pós-Covid-19 está a diminuição do tamanho do pênis e dos testículos de ex-pacientes. O trabalho está publicado na plataforma científica MedRxiv e ainda precisa passar pela revisão de pares.

A análise foi feita com base em questionários enviados pela internet a 3.762 pacientes com Covid-19 prolongada (ou seja, com duração de 28 dias ou mais), provenientes de 56 países. Os participantes foram infectados pelo coronavírus antes de junho de 2020 e rastreados por sete meses. O estudo foi promovido pelo instituto de pesquisa de Londres Sainsbury Wellcome Centre, pela University College London, pelo New York-Presbyterian Hospital e pela Universidade de Saúde e Ciência de Oregon, nos Estados Unidos.

Pesquisa

Cerca de 3% dos 718 homens que participaram da pesquisa relataram a diminuição do órgão genital após a doença. Outros efeitos colaterais relacionados à saúde sexual entre os homens incluem a disfunção erétil, apontada por 12% deles, além da dor nos testículos (11%). Uma média de 5% dos homens informou outros problemas relacionados ao pênis, testículos e sêmen.

O estudo identificou a prevalência de outros 205 sintomas pós-coronavírus. Os efeitos colaterais mais comuns foram fadiga, mal-estar pós-esforço e disfunção cognitiva. No último mês do estudo, os entrevistados apresentaram uma média de 13,8 sintomas cada um.

Segundo os pesquisadores, os pacientes com coronavírus prolongado não haviam retornado ao ritmo de trabalho anterior à doença, mesmo seis meses após a infecção. Muitos não haviam se recuperado ao fim dos sete meses de pesquisa e continuavam a “experimentar uma carga significativa de sintomas”.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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