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Preço dos alimentos não para de subir e reduz poder de compra da população

Última atualização 11/08/2022 | 07:46

Enquanto o poder de compra dos brasileiros vem ficando cada vez menor, o preço dos alimentos não para de subir. Nos últimos 12 meses, por exemplo, a inflação de alimentos e bebidas já se aproxima dos 15%, segundo dados  divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira, 9.

E pelo jeito não há para onde fugir. Isso porque frutas como a melancia (alta de 32,26%); legumes a exemplo do pepino (alta de 13,23%); bebidas como o leite longa vida (alta de 25,46%) e alimentos como o frango em pedaços (alta de 2,23%) não param de subir.

Para a economista, Kallenya Lima, o aumento está ligado à lei de oferta e demanda, principalmente à redução da oferta de alimentos. Ela explica que o produtor rural produziu menos, devido às condições climáticas provocadas pelo efeito ‘La Ninã’ (secas, inundações, fortes chuvas e furacões), o que impactou diretamente no preço final dos produtos. A tendência, inclusive, é que os preços mantenham o aumento até 2023.

“Registramos menores safras devido às condições climáticas desde junho de 2020. A previsão é que esse fenômeno vá atuar até o verão do ano que vem. Além das safras, não podemos ignorar a questão do dólar. Por mais que houve redução, ele é muito mais valorizado do que o real. Ou seja, ele atrai exportadores. É mais vantajoso para o produtor exportar do que vender no mercado nacional. Há também a questão da inflação, de custos com transportes, que também impactam no preço dos alimentos”, explicou.

Como economizar?

A solução para muitos em meio ao aumento desenfreado do preço dos alimentos é a economia. Muitas pessoas, por exemplo, fazem pesquisas não se deixando levar pelo “achismo”. Outras preferem cultivar alguns alimentos, no espaço de casa mesmo. Porém, Kallenya diz que também é preciso ficar atento aos dias de promoção no supermercado para fazer uma boa compra pagando menos.

“Uma alimentação menos industrializada é mais barata, além de ser mais saudável. Ou seja, a pessoa pode optar por comprar alimentos da estação que estão com maior produção e, consequentemente, com menor preço. Outra forma de economizar é aproveitar a xepa, que é o final da feira, onde muitas coisas entram em promoção. É preciso adotar o hábito de elaborar um cardápio semanal e lista de compras. O objetivo é criar e inovar no cardápio, e eliminar o desperdício de sua rotina”, concluiu.

Kallenya é mestra em Economia. (Foto: Arquivo pessoal)