Preço dos alimentos não para de subir e reduz poder de compra da população

Enquanto o poder de compra dos brasileiros vem ficando cada vez menor, o preço dos alimentos não para de subir. Nos últimos 12 meses, por exemplo, a inflação de alimentos e bebidas já se aproxima dos 15%, segundo dados  divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira, 9.

E pelo jeito não há para onde fugir. Isso porque frutas como a melancia (alta de 32,26%); legumes a exemplo do pepino (alta de 13,23%); bebidas como o leite longa vida (alta de 25,46%) e alimentos como o frango em pedaços (alta de 2,23%) não param de subir.

Para a economista, Kallenya Lima, o aumento está ligado à lei de oferta e demanda, principalmente à redução da oferta de alimentos. Ela explica que o produtor rural produziu menos, devido às condições climáticas provocadas pelo efeito ‘La Ninã’ (secas, inundações, fortes chuvas e furacões), o que impactou diretamente no preço final dos produtos. A tendência, inclusive, é que os preços mantenham o aumento até 2023.

“Registramos menores safras devido às condições climáticas desde junho de 2020. A previsão é que esse fenômeno vá atuar até o verão do ano que vem. Além das safras, não podemos ignorar a questão do dólar. Por mais que houve redução, ele é muito mais valorizado do que o real. Ou seja, ele atrai exportadores. É mais vantajoso para o produtor exportar do que vender no mercado nacional. Há também a questão da inflação, de custos com transportes, que também impactam no preço dos alimentos”, explicou.

Como economizar?

A solução para muitos em meio ao aumento desenfreado do preço dos alimentos é a economia. Muitas pessoas, por exemplo, fazem pesquisas não se deixando levar pelo “achismo”. Outras preferem cultivar alguns alimentos, no espaço de casa mesmo. Porém, Kallenya diz que também é preciso ficar atento aos dias de promoção no supermercado para fazer uma boa compra pagando menos.

“Uma alimentação menos industrializada é mais barata, além de ser mais saudável. Ou seja, a pessoa pode optar por comprar alimentos da estação que estão com maior produção e, consequentemente, com menor preço. Outra forma de economizar é aproveitar a xepa, que é o final da feira, onde muitas coisas entram em promoção. É preciso adotar o hábito de elaborar um cardápio semanal e lista de compras. O objetivo é criar e inovar no cardápio, e eliminar o desperdício de sua rotina”, concluiu.

Kallenya é mestra em Economia. (Foto: Arquivo pessoal)

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Luigi Mangione, suspeito de assassinar CEO, havia sido dado como desaparecido pela mãe semanas antes do crime

Luigi Mangione: Suspeito de Assassinato do CEO da UnitedHealthcare

Luigi Mangione, um homem de 26 anos, foi acusado pela polícia de estar ligado ao assassinato do diretor executivo da UnitedHealthcare, Bryan Thompson, que ocorreu na semana passada em Nova York. Mangione foi detido na segunda-feira após ser reconhecido em um McDonald’s na Pensilvânia.

A polícia anunciou que Mangione foi preso e acusado de posse de armas de fogo relacionadas ao assassinato de Thompson. No momento da detenção, ele estava com uma arma fantasma, criada a partir de uma impressora 3D, um silenciador e um carregador com seis munições.

Além disso, Mangione possuía várias identidades falsas, incluindo uma usada para fazer o check-in no hostel de Nova York onde o atirador de Thompson foi visto. Mangione, que nasceu e cresceu em Maryland, provém de uma família abastada e frequentou um liceu de elite em Baltimore, onde foi o melhor aluno.

Ele se formou em ciência da computação na Penn State University, com foco em inteligência artificial. Durante a detenção, Mangione mentiu sobre seu nome, dizendo aos agentes que ‘claramente não o devia ter feito’ quando questionado. Quando perguntado se havia visitado Nova York recentemente, ele ficou calado e começou a tremer.

Mangione foi acusado de homicídio e de quatro outros crimes, incluindo porte criminoso de arma de fogo e documento falsificado. Ele deve ser extraditado para Nova York para responder a essas acusações.

Antes do crime, a mãe de Mangione o havia dado como desaparecido semanas antes. Nas redes sociais, Mangione demonstrou interesse em manifestos de serial killers, como Ted Kaczynski, conhecido como ‘Unabomber’.

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